Deputado
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) era até março
assessor especial da Presidência
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São Paulo – O empresário Joesley
Batista, um dos donos do grupo J&F, gravou uma conversa em que o presidente Michel Temer aparece autorizando
o repasse de dinheiro para calar o ex-deputado Eduardo Cunha, preso no âmbito
da operação Lava Jato. As informações são do jornalista Lauro Jardim, de O
Globo.
Na mesma conversa, Batista pede
ajuda a Temer para resolver uma pendência da J&F no governo.
Temer indica, então, o deputado
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para cuidar do problema. Depois, Rocha Loures,
que é conhecido por ser um dos homens de confiança do presidente, foi filmado
recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley Batista.
O empresário pediu ajuda a Loures
para resolver uma disputa no Cade entre a Petrobras e a Usina Termelétrica EPE,
que pertence à J&F. Segundo Batista, a empresa perde cerca de 1 milhão de
reais por dia com os preços do gás fornecido pela estatal à termelétrica.
Segundo o empresário, o indicado
por Temer ligou em seguida para o presidente em exercício do Cade, Gilvandro
Araújo. Não há evidências de que o pedido tenha sido atendido.
De qualquer forma, ficou acertado
o pagamento de 500 mil reais semanais por 20 anos em propina pelos serviços
prestados. Loures teria dito que levaria a proposta de pagamento a alguém acima
dele – pelo contexto, em uma suposta referência ao presidente Michel Temer, de
acordo com o jornal.
A primeira parcela do pagamento
foi entregue em uma mala para Loures em uma pizzaria no Jardim Paulista, em São
Paulo. A entrega do dinheiro foi filmada pela Polícia Federal.
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