© Geraldo
Magela/Agência Senado A PGR afirma que não existe
elemento para dizer que esse valor foi, de
fato, pago
a algum
advogado
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Um dos donos da JBS, Joesley
Batista, prestou depoimento no âmbito da Lava Jato e, entre as informações,
revelou que Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao empresário, para pagar
sua defesa na Lava-Jato. As informações são do jornal O Globo.
A reportagem apurou que foi
entregue à PGR uma gravação da conversa, que dura meia hora e foi feita no
dia 24 de março, em São Paulo.
Essa não foi a primeira vez que o
assunto foi abordado. Antes, a irmã de Aécio, Andréa Neves, entrou em
contato com o empresário - através de telefone e mensagens no aplicativo
WhatsApp, dizendo que o irmão seria defendido pelo criminalista Alberto
Toron.
O empresário aceitou o pedido de
Aécio e questionou quem seria a pessoa encarregada de pegar a mala com o
dinheiro. "Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se
você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança",
disse propôs Joesley.
Aécio, então, respondeu: "Tem
que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um
cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no
cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho". Fred é Frederico
Pacheco de Medeiros, seu primo.
Da parte do empresário, foi o
diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, que levou a mala. Ele
é uma das sete pessoas da JBS que acertaram a delação. Para chegar na
quantia desejada por Aécio, foram feitas quatro entregas de R$ 500 mil. Segundo
apurou O Globo, a PF filmou uma dessas entregas.
A PGR afirma que não
existe elemento para dizer que esse valor foi, de fato, pago a algum advogado.
A PF rastreou o dinheiro, que foi depositado em uma empresa do
de Zeze Perrella, senador tucano.
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