“Quando acontece
um aumento na criminalidade, a início
a população costuma culpar a ineficiência da
polícia”. Fernando Marin
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Com
certeza, sentir-se seguro é um dos itens necessários para que se tenha uma boa
qualidade de vida. Muitas pessoas chegam a mudar para outras cidades em busca
de uma vida com mais segurança, na ilusão de que ela é maior nas localidades de
pequeno porte. E era, mas de tempos para cá a criminalidade, aliada a um
tráfico de drogas cada vez mais atuante, vem frustrando essa expectativa de uma
vida com mais tranquilidade.
Quando
acontece um aumento na criminalidade, a início a população costuma culpar a
ineficiência da polícia, mas na verdade a insegurança provém de um somatório de
causas de origem social, cabendo `a polícia apenas manter a ordem e retirar do
convívio social os criminosos – o que já está se tornando tarefa difícil em
várias regiões.
Em
grandes cidades, principalmente no Rio de Janeiro, a situação está
aparentemente fugindo do controle dos órgãos de segurança. O grande número de
comunidades carentes, as quadrilhas bem organizadas e lideradas, armadas com o
que há de melhor e uma polícia em crise estão perdendo espaço para os bandidos.
O número de roubos vem crescendo, agora com a explosão de carros-fortes e de
caixas eletrônicos, mostrando que políticas sociais erradas nas últimas décadas
estão cobrando a conta do governo e da sociedade.
Aos
poucos, sabe-se lá por que, a educação foi retirando das grades escolares
disciplinas importantes, como religião, moral e civismo, organização social e
política do Brasil, e outras mais, que davam às crianças e jovens boas noções
de cidadania e de comportamento social. A degradação da estrutura familiar
também colabora em muito nessa questão, a partir do momento em que deixa de
haver uma referência de liderança nos primeiros anos de vida, gerando
muitas vezes jovens desajustados e sem noção de limites.
A
desigualdade social é outro fator importante, a partir do momento em que causa
a falta de expectativa de vida para muitos jovens carentes e acaba facilitando
a ida desses jovens para o crime. Falta de oportunidades de qualificação
profissional e, consequentemente, de emprego também são fatores que acabam
levando à criminalidade.
Porém,
a causa que considero a mais grave é a da impunidade. É mais que necessário que
se revise e atualize a nossa legislação, adequando-a à realidade atual e
criando punição mais severa para os que optarem pelo caminho do crime, como
forma de retirar efetivamente os marginais do convívio social , com
oportunidade de reeducação e reinserção na sociedade, cumprida a devida pena.
Nossas
leis, muitas da década de 1940, estão completamente defasadas, e necessitam de
uma revisão urgente. É necessário que se cobre dos legisladores ( Deputados
Federais e Senadores) leis mais severas, que venham realmente a inibir a
criminalidade, sob pena de convulsão social iminente. É preciso que tenhamos
uma polícia moderna, eficiente, baseada no uso da inteligência e dotadas dos
recursos materiais disponíveis para que ela possa combater os bandidos de igual
para igual. Necessitamos com urgência de uma reformulação na educação, que
possa trabalhar de maneira inclusiva, criando
oportunidades
para que os jovens possam ingressar no mercado de trabalho, impedindo a sua ida
para o crime.
Na
maioria dos países desenvolvidos do mundo o índice de criminalidade é pequeno,
assim como o número de presidiários. Por que não copiamos o que há de bom? Por
que não buscar subsídios onde há paz? A quem interessa essa legislação que não
pune como deveria?
Tema
para a nossa reflexão.
Por: Fernando Marin
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