O relator da
Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin
(STF/Divulgação)
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Grupo será criado para reforçar a
equipe de Fachin, priorizar os processos da operação e garantir celeridade na
análise dos casos
A presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, acertou
nesta segunda-feira com o ministro Edson Fachin a criação de
um grupo de assessoria especializada para conferir celeridade aos processos da Operação
Jato que tramitam na Corte. Fachin é o relator dos processos da Lava
Jato no STF.
Os dois se reuniram por cerca de
duas horas no final da manhã, na mesma sala do edifício-sede do STF onde
estavam guardados no mês passado os pedidos encaminhados pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, com base na delação da Odebrecht.
O grupo será criado para
reforçar a equipe de Fachin, priorizar os processos da Lava Jato e garantir
celeridade na análise dos casos, que se multiplicaram depois da instauração de
74 inquéritos a partir das revelações feitas por 78 executivos e ex-executivos
da Odebrecht.
“O objetivo é não deixar nada atrapalhar o
andamento da Lava Jato”, diz um auxiliar. A composição do grupo deverá ser
definida nos próximos dias.
Desde fevereiro, o ministro Edson
Fachin passou a contar no seu gabinete com o reforço do juiz auxiliar Paulo
Marcos de Farias, que atuou na análise dos casos da Lava Jato com o ministro Teori
Zavascki, morto em acidente aéreo em janeiro deste ano. Fachin possui
atualmente três juízes auxiliares, um a mais que os seus demais colegas do STF.
A reportagem apurou que Cármen e
Fachin já estavam discutindo a criação do grupo desde a semana passada, antes
do feriado da Páscoa.
Força-tarefa
Nesta segunda-feira, a Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) pediu à ministra Cármen Lúcia a
instalação imediata de uma força-tarefa para agilizar a fase de coleta de
provas dos processos relacionados à Operação Lava Jato. Ao fazer referência ao
Regime Interno do STF, a OAB pede a convocação de mais juízes auxiliares, “para
que a Justiça se concretize para uma nação à espera da redenção”.
“Constam mais de 500 processos
(inquéritos e ações penais) de competência originária em trâmite perante o
Supremo Tribunal Federal que podem avolumar-se como decorrência das
investigações em curso, sendo fato incontroverso que sempre se constituem em
questões complexas e volumosas. Esse cenário impinge aos ministros do Supremo
Tribunal Federal uma intensidade de atuação incompatível com a atual
estrutura”, defende a OAB.
(Com Estadão Conteúdo)
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