O esquema
foi desbaratado pela Corregedoria
na última
quinta-feira. Foto: Divulgação/Detran
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Agentes
da Corregedoria interrogam candidatos após prova prática no município
A
Corregedoria do Detran investiga uma fraude envolvendo candidatos a motorista
de Minas Gerais e uma autoescola de Santo Antônio de Pádua (RJ). Para evitar a
reprovação em exames práticos que incluiriam ladeiras em ruas mineiras, o grupo
cruzou a divisa dos estados para fazer os testes no Noroeste Fluminense. Para
isso, o esquema incluía o uso de endereços na cidade como se fossem os locais
de residência daqueles alunos.
O esquema
foi desbaratado pela Corregedoria na última quinta-feira. De acordo com o
artigo 140 do Código de Trânsito Brasileiro, os candidatos a condutor devem
fazer as provas práticas de direção nas unidades da federação em que residem.
Os agentes os abordaram durante dois dias de exames no município e dez deles
confirmaram que eram de Minas. Um alegou que vivia com uma tia em Santo Antônio
de Pádua. Procurada pelo Detran, ela o desmentiu. Os demais sequer sabiam
explicar onde moravam.
Durante a
investigação, os agentes da Corregedoria descobriram um endereço que servia a
três candidatos e o aluguel de um imóvel cujo contrato de locação durava
exatamente o tempo necessário para a obtenção da carteira de habilitação. Em
depoimento, os alunos citaram o nome de dois representantes da autoescola, que
seriam os seus contatos na cidade.
O caso
seguirá depois para a Diretoria de Habilitação e a 136ª DP (Santo Antônio de
Pádua) para providências administrativas e criminais.
— Vamos
encaminhar um relatório para a Diretoria de Habilitação para que seja
verificada a situação dessa autoescola que está cooptando esses candidatos em
Minas, para as medidas administrativas cabíveis. Também temos, em tese, um caso
de falsidade ideológica na comprovação de residência e, por isso, também
mandaremos o caso para a delegacia local — explicou o corregedor Marcus
Drucker.
No último
dia 23, a Corregedoria do Detran auxiliou a Delegacia de Roubos e Furtos de
Automóveis na descoberta de três funcionárias terceirizadas que inseriam dados
na base de dados do departamento para legalizar o registro de veículos roubados
e clonados no Rio. Uma delas já havia sido demitida em setembro do ano passado
e era uma das líderes da quadrilha. As outras duas foram afastadas imediatamente.
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