Jack Jones,
à esquerda, e Marcel Williams, foram executados
no Arkansas,
EUA
(Foto:
Departamento de Correção do Arkansas
/Arquivo/via AP Photo)
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Jack Jones e Marcel Williams,
condenados na década de 90 por estupro e homicídio em casos diferentes,
receberam a injeção letal após terem seus recursos negados por diversos
tribunais.
O estado de Arkansas, nos Estados
Unidos, executou nesta segunda-feira (24) dois condenados à morte, seguindo seu
polêmico e acelerado calendário do corredor da morte antes de expirar o prazo
de validade de um componente das injeções letais.
Jack Jones e Marcel Williams,
condenados na década de 90 por estupro e homicídio em casos diferentes,
receberam a injeção letal após terem seus recursos negados por diversos
tribunais, informou a procuradora-geral do Arkansas, Leslie Rutledge.
Os advogados lutaram até o último
momento para evitar a aplicação das penas, mas não tiveram sucesso.
Jones estuprou e matou Mary
Phillips e bateu na filha dela, de 34 anos, até quase a morte. Ele foi
executado depois que a Suprema Corte rejeitou um recurso de seus advogados, que
pediam aos juízes para reconsiderarem uma questão procedimental de seu
processo.
Leslie Rutledge destacou que as
filhas da vítima de Jones, Mary Phillips, finalmente tinham conseguido justiça.
"Mary fazia seu trabalho como contadora em Bald Knob, em 6 de junho de
1995, quando foi estrangulada até a morte, enquanto sua filha de 11 anos Lacey
se agarrou à vida depois de ter sido estrangulada e agredida", disse
Rutledge. "A família Phillips esperou tempo demais para que se fizesse
justiça e rogo para que encontrem paz esta noite", completou.
Com a morte de Marcel Williams
ocorreu a primeira execução dupla nos Estados Unidos desde o ano 2000.
Cronograma acelerado
O estado do Arkansas havia
planejado executar oito condenados à morte em 11 dias, um recorde, mas quatro
deles conseguiram adiar suas penas.
O governador do Arkansas, o
republicano Asa Hutchinson, justificou esse acelerado cronograma pela
proximidade da data de validade de uma das substâncias utilizadas nas injeções
letais. Seu programa de execuções foi alvo, porém, de múltiplos recursos
judiciais e de uma mobilização internacional dos opositores à pena de morte.
Os defensores dos condenados
afirmaram que uma dupla execução causaria um perigoso estresse para os agentes
penitenciários encarregados. Até a quinta-feira (20) passada, o Arkansas não
havia realizado nenhuma execução desde 2005.
As injeções letais são compostas
por três produtos, ministrados um depois do outro. O que vence em 30 de abril é
o midazolam, um ansiolítico que dizem não fazer efeito suficiente para deixar o
condenado inconsciente, podendo provocar grande dor.
Por France Presse
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