Presidente
venezuelano, Nicolas Maduro, fez pronunciamento
em rede
nacional na terça-feira (18)
(Foto: Presidência da Venezuela / AFP )
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Governo disse ter prendido um
dos líderes de complô militar contra seu governo. Oposição convocou protesto
para esta quarta-feira.
O presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro, anunciou na noite desta terça-feira (18) a ativação do "Plano
Zamora", uma operação militar, policial e civil com o intuito de impedir
um suposto golpe de Estado. A decisão foi anunciada na véspera de um grande
protesto da oposição em Caracas.
"Atenção: ativar a fase verde
do Plano Zamora para derrotar o golpe de Estado, a escalada da violência (...).
recorrer à estrutura militar, policial e civil do Estado", determinou o
presidente à Força Armada Nacional Bolivariana, durante uma reunião com os
comandantes militares.
A ativação do Plano Zamora
acontece no mesmo dia em que a maioria opositora do Parlamento venezuelano
pediu às Forças Armadas para queparem de reprimir as manifestações da
oposição e que sejam leais à Constituição.
Maduro anunciou ainda que nesta
terça foi detido um dos líderes do "complô militar" contra seu
governo e um comando da oposição que pretendia atacar sua própria manifestação.
"Capturamos um dos líderes do
complô militar que estamos desmantelando há três semanas. Já se encontra preso
e está sendo processado na jurisdição militar encarregada de todos os
golpistas, civis e militares, incluindo os reformados, como é o caso".
"Também capturamos um grupo
de infiltrados, procedente do interior do país (...), um comando da oposição
com armas e planos para agredir a mobilização convocada pela direita",
revelou Maduro.
"O Plano Zamora é uma
operação estratégica que ativa a defesa da Nação em caso de ameaça à ordem
interna que possa significar comoção social e política ou ruptura da ordem
institucional. Mas sua aplicação me parece intimidatória, para dissuadir o
protesto opositor", disse à AFP o general reformado Cliver Alcalá.
Protesto desta quarta
A oposição venezuelana garante que
fará, nesta quarta-feira (19), sua maior manifestação contra o governo de
Maduro.
Os organizadores do ato
estabeleceram 26 pontos de saída para uma passeata que pretende chegar à
Defensoria do Povo, no centro de Caracas, reduto chavista. Aliados do governo
já anteciparam que, como sempre, não vão deixar que entrem nesta área.
Os protestos anteriores terminaram
em duros confrontos entre as forças policiais e os manifestantes. Cinco pessoas
morreram, dezenas ficaram feridas, e mais de 200 foram detidas.
A coalizão opositora Mesa da
Unidade Democrática (MUD) rejeitou em um comunicado as "guerras
imaginárias e conspirações inexistentes de Maduro" e reiterou a convocação
de um protesto.
Por France Presse
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