Florencia e
Máximo Kirchner são acusados de vários crimes
de corrupção cometidos supostamente através da
empresa
familiar Los
Sauces
(Foto:
Francisco Munoz/ NA/OPI SANTA CRUZ/ AFP)
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Florencia e Máximo Kirchner são
acusados de vários crimes de corrupção cometidos supostamente através da
empresa familiar Los Sauces.
Os filhos da ex-presidente da
Argentina Cristina Kirchner, Florencia e Máximo Kirchner, se apresentaram nesta
segunda-feira (6) à Justiça para prestarem depoimento, acusados de vários crimes
de corrupção cometidos supostamente através da empresa familiar Los Sauces.
Florencia, de 26 anos, foi a
primeira a chegar à Justiça Federal em Buenos Aires. Ela foi intimada para
prestar esclarecimentos às 9h locais (mesmo horário de Brasília).
Segundo a Justiça, a jovem
apresentou um documento ao juiz do caso, Claudio Bonadio, e não respondeu às
perguntas do magistrado, dexiando o recinto 20 minutos depois, sem dar
entrevistas aos jornalistas.
Máximo, por sua vez, que
atualmente é deputado pelo partido kirchnerista Frente para a Vitória, chegou
mais tarde, já que seu depoimento estava marcado para as 10h.
Vários militantes do kirchnerismo,
entre eles a presidente da Associação das Mães da Praça de Maio, Hebe de
Bonafini, se reuniram em frente à sede judicial para oferecer apoio aos
acusados com bandeiras e gritos com palavras de ordem.
No início de fevereiro, Bonadio
intimou Cristina e seus filhos a prestarem depoimento, e também os empresários
Cristóbal López e Lázaro Báez, que já compareceram à Justiça há poucos dias,
por suposta lavagem de dinheiro e pagamento de propina.
Cristina Kirchner deverá
comparecer amanhã à Justiça e está convencida de que ela e sua família estão
sendo vítimas de uma perseguição política, midiática e judicial, por isso
apresentou na última sexta-feira um documento com o qual pretendia livrar sua
filha da prisão, depois que, segundo escreveu no Facebook, lhe
"informaram" que o juiz queria ordenar sua detenção.
Pouco depois, o promotor do caso,
Carlos Rívolo, considerou que não existem as condições para a detenção de
Florencia, já que não há o risco de ela deixar o país ou atrapalhar as
investigações e, posteriormente, se soube que o juiz concedeu a isenção de prisão
à jovem.
Também não é esperada detenção de
seu irmão por enquanto, devido a sua condição de parlamentar.
O caso surgiu em abril de 2016,
após a denúncia da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer contra
Cristina e seus filhos por falsificação de documentos públicos, pagamento de
propina e lavagem de dinheiro relacionados com supostas transações ilícitas com
López e Báez.
Margarita acredita que a empresa
familiar dos Kirchner, dedicada ao aluguel de imóveis e criada em 2006 pelo
casal presidencial e seu primogênito, foi utilizada para receber transferências
milionárias de parte dos empresários, que previamente teriam conseguido
contratos com o governo de obras superfaturadas.
Por Agencia EFE
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