Soldados
patrulham fronteira entre as Coreiac do Sul
e do Norte
(Foto: Ahn Young-joon/AP)
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Seul procura desta maneira
atrair membros da elite do regime norte-coreano.
A Coreia do Sul recompensará os
desertores norte-coreanos que forneçam "informação valiosa" com até 1
milhão de wons (815 mil euros), quatro vezes superior à quantidade estabelecida
previamente.
A informação foi confirmada nesta
segunda-feira por um porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul,
que esclareceu que esta medida será iniciada a partir do próximo mês de abril
para "aqueles que ofereçam dados de inteligência sensíveis".
Para os norte-coreanos que
forneçam outro tipo de informações, como a relativa a ativos militares, a
compensação econômica será menor.
Com este aumento, o maior há 20
anos, se quadruplica a anterior recompensa, que oferecia até 250 milhões de
wons (204 mil euros).
Seul procura desta maneira atrair
membros da elite do regime norte-coreano, depois que a deserção de Thae
Yong-ho, ex-número dois da embaixada norte-coreana em Londres no ano passado
gerou um grande rebuliço midiático.
Thae se transformou no funcionário
norte-coreano de maior categoria a desertar nos últimos anos, desde que Hwang
Yang-yop, um dos grandes ideólogos do regime, desertou em 1997.
O anúncio de aumentar a
compensação econômica para os desertores norte-coreanos ocorre no mesmo dia em
que Pyongyang lançou pelo menos quatro mísseis balísticos em direção ao Mar do
Leste (Mar do Japão), segundo informaram os governos sul-coreano e japonês.
As duas Coreias seguem
tecnicamente em guerra, já que o conflito entre 1950 e 1953 acabou com um
cessar-fogo em vez de um tratado de paz.
Desde que a economia norte-coreana
afundou nos anos 90 por causa do desaparecimento do bloco comunista, e após a
crise de fome que acabou com a vida de centenas de milhares de pessoas no país,
mais de 30 mil norte-coreanos desertaram a Sul.
O Exército norte-coreano patrulha
intensamente a fronteira entre os dois países para evitar as deserções, por
isso que a rota de saída costuma ser através da China e um terceiro país
-principalmente Tailândia e Mongólia- desde o que os evadidos solicitam asilo
através das embaixadas sul-coreanas.
Por Agencia EFE
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