As cobranças de luz vão ficar
mais caras em todo o Brasil para pagar uma indenização de R$ 62,2 bilhões.
Consumidores pagarão indenização por oito anos.
A Light confirmou um reajuste de
4,53% nas contas de luz a partir do mês de março. As cobranças de luz vão ficar
mais caras em todo o Brasil para pagar uma indenização de R$ 62,2 bilhões que o
governo deve às transmissoras de energia, de acordo com os cálculos da Agência
Nacional de Energia Elétrica.
Em 2012, o governo exigiu das
distribuidoras mudanças nos contratos. Elas tiveram que aceitar renovar
antecipadamente as concessões, mas seriam indenizadas para cobrir os gastos que
tiveram com obras de modernização das redes que fizeram até o ano de 2000.
Uma medida provisória, assinada
pela então presidente Dilma Rousseff, alterou o marco regulatório do setor
elétrico, retirou encargos da tarifa de energia. Isso permitiu, em 2013, a
redução de cerca de 20% na conta de energia elétrica para os domicílios e para
a indústria.
Mas, em 2015, o governo percebeu
que não tinha dinheiro para manter os subsídios à tarifa. Então veio o
tarifaço, com um aumento de mais de 50% na conta de luz.
A indenização para as
distribuidoras, na verdade, deveria ter começado a ser paga em 2013, mas houve
demora, até que o governo chegasse a um acordo com as empresas sobre o quanto
elas tinham direito a receber. Como o governo não tem dinheiro em caixa, mais
uma vez vai repassar a despesa para o consumidor.
De acordo com a decisão da Aneel
desta terça-feira (21), nós teremos oito anos para pagar essa indenização. A
primeira parcela deve ser de R$ 10,8 bilhões.
Na prática, isso quer dizer que,
num primeiro momento, somente em 2017, as contas de luz vão chegar às casas e
às empresas com um aumento médio de 7,17%.
Por Bom Dia Rio
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