O senador Renan
Calheiros comemorou em nota decisão do Supremo Tribunal Federal de mantê-lo na
presidência da Casa. "É com humildade que o Senado Federal recebe e
aplaude a patriótica decisão do Supremo Tribunal Federal", diz o texto de
Renan. "A confiança na Justiça Brasileira e na separação dos poderes
continua inabalada". "Ultrapassamos, todos nós, Legislativo,
Executivo e Judiciário, outra etapa da democracia com equilíbrio,
responsabilidade e determinação para conquista de melhores dias para sociedade
brasileira", continua a nota. Para o senador, "o que passou não volta
mais".
Reunido com
integrantes de vários partidos no gabinete da presidência do Senado na tarde
desta quarta-feira, 7, Renan demonstrou “alívio” e um semblante “confiante”.
Logo após decretado o fim do julgamento, o peemedebista foi cumprimentado por
vários senadores que acompanharam com ele, pela televisão, a sessão plenária do
STF.
Em meio aos
cumprimentos, Renan afirmou que desmarcaria a sessão desta quarta prevista para
iniciar às 18h e iria remarcar para esta quinta, às 10h. “Vamos deixar a poeira
baixar”, disse Renan aos presentes, segundo relatos.
Seguindo a linha
para apaziguar o clima de confronto estabelecido com o Supremo , o senador só
deve se pronunciar pessoalmente sobre o resultado na abertura da sessão de
quinta.
Segundo relatos
dos senadores que acompanharam a sessão do STF com Renan, o voto do ministro
Luiz Fux foi considerado como o mais “didático” e “acertado”. "Não estamos
agindo com temor nem com receio, estamos agindo com a responsabilidade política
que nos impõe", diz Fux ao votar contra o afastamento de Renan.
Para Fux, já há
uma agenda no Parlamento sobre a qual o Judiciário não pode ter nenhuma
interferência, e por isso o afastamento de Renan significaria um risco.
Por seis votos a
três, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira pela
permanência de Renan na presidência do Senado, mas pela sua impossibilidade de
assumir interinamente a Presidência da República. Renan é o segundo na linha
sucessória de Temer, atrás do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas
é réu por peculato no Supremo.
Estadão
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