O PT vai protocolar nesta
quinta-feira, 8, mais um pedido de impeachment do presidente Michel Temer, com
base no caso denunciado pelo ex-ministro da Cultural Marcelo Calero. A peça,
com 37 páginas, a que teve acesso o Estado, é assinada por 20
pessoas, sendo quatro juristas e o restante representantes de movimentos
sociais.
"Além de tolerar a conduta
ilegal de Geddel Vieira Lima, há fortes indícios de que o presidente da
república usou da interveniência de dois outros subordinados para
consubstanciar o atendimento a uma solução ao caso, contrária à firme
deliberação do ministro titular da pasta responsável pelo tema, Marcelo
Calero", afirma o documento.
O pedido é protocolado na Câmara
dos Deputados. É preciso que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aceite
o pedido para dar início a um processo.
De acordo com o pedido de
impeachment, a conduta de Michel Temer caracteriza crime de responsabilidade.
Na descrição dos fatos, o documento alega que Temer estava ciente da pressão do
ex-ministro Geddel Vieira Lima sobre Calero, mas não impediu sua atuação. Ao
contrário, determinou o encaminhamento do caso à Advocacia Geral da União
(AGU).
Na interpretação da assessoria
técnica que elaborou o documento, a conduta de Temer permitiu que o interesse
privado de Geddel interferisse nas providências a serem adotadas pelo órgão
competente, no caso, o Ministério da Cultura.
"A solução proposta de
encaminhamento do processo administrativo à Advocacia Geral da União
artificializou um conflito de órgãos da administração, travestindo de interesse
público um interesse particular de um Ministro de Estado", diz o
documento.
A peça é assinado por Alexandre
Conceição (MST), Carina Vitral (UNE), Carolina Tokuyo (Fora do Eixo), Carolina
Proner (jurista), Clayton (Mídia Ninja), Denildo (Comunidades Negras Rurais
Quilombolas), Edson da Silva (Intersindical), Gabriel dos Santos (ANPG),
Guilherme Boulos (MTST), Ivanete Oliveira (UNEGRO), Juvelino Strozacke
(jurista), Leonardo Yarochevsk (jurista), Luana Pereira (Levante Popular),
Lúcia Rincón (UBM), Marcelo Neves (jurista), Raimundo Bonfim (CMP), Sonia Bone
(APIB), Vagner Freitas (CUT) e Wanderley (CONAM).

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