Caixões dos
jogadores da equipe da Chapecoense e de outras
vítimas da tragédia são vistos em Medellín, na
Colômbia
(Foto: Raul
Arboleda/AFP)
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Às 19h de Brasília, terá início
o traslado dos corpos dos brasileiros que morreram no acidente com o avião da
Chapecoense na última terça-feira.
Chapecó se prepara para o velório
coletivo das vítimas do acidente aéreo com a Chapecoense
Os corpos de 70 vítimas do
acidente aéreo na Colômbia, a maioria de jogadores e integrantes da comissão
técnica da Chapecoense, iniciarão nesta sexta-feira (2) a viagem de volta para
casa. No acidente, morreram 71 pessoas e seis sobreviveram.
Às 8h locais (11h de Brasília)
deve decolar do aeroporto José María Córdova de Rionegro, que serve a região de
Medellín, em um voo comercial da Avianca o corpo de um cidadão venezuelano que
morreu na queda da aeronave da companhia LaMia, de matrícula boliviana, na
madrugada de terça-feira em uma zona remota a 50 quilômetros da segunda maior
cidade da Colômbia.
Uma hora depois, um Hércules da
Força Aérea Boliviana vai decolar da base militar de Rionegro com os corpos de
cinco cidadãos do país.
Às 16h (19h de Brasília) terá
início o traslado, em três voos diferentes, de 50 brasileiros falecidos. No
mesmo horário devem decolar, em voos privados, para o Brasil os corpos de 14
jornalistas que viajavam no avião da Chapecoense para cobrir a final da Copa
Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
"O que mais queremos agora é
voltar para casa, levar para nossa casa os nossos amigos e irmãos, porque a
espera é a pior coisa que existe", disse Roberto Di Marche, primo do
dirigente Nilson Folle Júnior, que morreu na tragédia que comoveu o planeta.
O corpo de um cidadão paraguaio
foi o primeiro a deixar a Colômbia, na quinta-feira em um voo comercial da
Avianca.
Os cadáveres dos 71 mortos foram
preparados para a repatriação por quatro funerárias de Medellín durante quase
dois dias.
A cidade de Chapecó, Santa
Catarina, se prepara para um grande velório em seu estádio, a Arena Condá,
previsto para sábado.
O local tem capacidade para 19 mil
espectadores. O clube vai instalar telões nas proximidades do estádio porque as
autoridades calculam a presença de quase 100 mil pessoas no funeral.
Os corpos serão levados de
Medellín para Rionegro - onde estão internados em diferentes clínicas os seis
sobreviventes da tragédia - em 35 carros fúnebres.
"Fizemos um grande esforço
para que em breve estejam com suas famílias", afirmou Juan Tavera, gerente
de uma das funerárias responsáveis por preparar os corpos.
Na quinta-feira à noite foi
celebrada uma missa organizada pela Funerária San Vicente, a principal de
Medellín, em homenagem aos mortos. Parentes das vítimas compareceram à
cerimônia.
As autoridades colombianas, em
coordenação com especialistas estrangeiros, prosseguem com a investigação, que
aponta para a falta de combustível da aeronave. Mas as conclusões finais podem
demorar até seis meses.
O governo boliviano suspendeu na
quinta-feira a licença da companhia Lamia e destituiu altos funcionários do
setor de controle aéreo do país.
O representante da Lamia Gustavo
Vargas afirmou que a aeronave não cumpriu o plano de reabastecimento em Cobija,
cidade boliviana na fronteira com o Brasil, ou em Bogotá.
Plano de voo revela que avião da
LaMia não tinha combustível suficiente para imprevistos
O acidente cortou as aspirações da
modesta Chapecoense, clube fundado há 43 anos e que teve uma ascensão meteórica
desde 2009, subindo da série D do futebol brasileiro até a série A em poucos
anos, antes de alcançar a final da Copa Sul-Americana, o segundo torneio
continental mais importante.
Por France Presse
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