Copacabana
Palace sediou casamento da filha de
Eduardo Cunha (Foto: Divulgação) |
Aluguel do Copacabana Palace
custou R$ 267 mil. Os pagamentos aos fornecedores foram feitos em dinheiro e
não foram declarados à Receita.
Danielle Dytz da Cunha se casou
com Ariel Doctorovich em 25 de junho de 2011, no Hotel Copacabana Palace, Zona
Sul do Rio. Para os procuradores da Lava Jato, não há dúvidas de que a festa
foi paga com dinheiro de propina recebida pelo pai da noiva, o ex-deputado Eduardo Cunha. Os fatos constam na
ação que levou o ex-presidente da Câmara à prisão nesta quarta-feira (19).
A conclusão aconteceu após análise
de documentos produzidos por uma Equipe Especial de Fiscalização da Receita
Federal e encaminhada à força-tarefa da Lava Jato em julho deste ano. O
documento mostra que a família Cunha pagou R$ 267 mil, em três vezes, pelo
aluguel dos salões (incluindo a diária para as núpcias do casal), a contratação
de coquetel e jantar, além de buffet de apoio, ponto de bar e os serviços de
segurança patrimonial.
Em setembro, o Fantástico já havia informado que
o MPF investiga origem de dinheiro que pagou casamento da filha de Cunha.
Todas as informações foram
passadas pela administração do Copacabana Palace à pedido dos procuradores da
República. O hotel informou ainda a lista de fornecedores e outros prestadores
de serviço do evento.
Com o serviço de fotografia foram
gastos R$ 12,7 mil. Já para decorar o local para a festa foram gastos R$ 44,6
mil. Todos os pagamentos feitos aos prestadores foi em dinheiro. Em muitos dos
depósitos não se identifica o depositante.
Aos prestadores, a noiva
pediu notas fiscais em nome da C3 Produções Artísticas e Jornalísticas Ltda, de
propriedade da família de Eduardo Cunha. Nenhum dos valores foi declarado no
imposto de renda daquele ano.Também não foram identificados saques nas contas
bancárias de Danielle da Cunha que permitissem a ela efetuar os depósitos
nas contas dos prestadores.
"Resta claro que o
dinheiro usado para o pagamento do casamento de Danielle Dytz da Cunha
era proveniente de crimes contra a administração pública praticados pelo seu
pai, o ex-deputado federal Eduardo Cunha", explicaram os procuradores da
Força-tarefa no pedido de prisão contra Cunha.
Em nota divulgada por seus advogados, Cunha afirmou que a decisão
de Moro que resultou na prisão é "absurda" e "sem nenhuma
motivação". (veja íntegra da nota abaixo)
"Tendo em vista o mandado
de prisão preventiva decretado hoje pela 13ª vara federal do Paraná, tenho a
declarar o que se segue:
Trata-se de uma decisão
absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos argumentos de uma ação
cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal.
A referida ação cautelar do
Supremo, que pedia minha prisão preventiva, foi extinta e o juiz, nos
fundamentos da decretação de prisão, utiliza os fundamentos dessa ação
cautelar, bem como de fatos atinentes à outros inquéritos que não estão sob sua
jurisdição, não sendo ele juiz competente para deliberar.
Meus advogados tomarão as
medidas cabíveis para enfrentar essa absurda decisão."
Do G1 Rio
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!