Fábrica da
Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo
(Rickey
Rogers/Reuters/VEJA)
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A Embraer chegou nesta
segunda-feira a um acordo com autoridades de Brasil e Estados Unidos para
encerrar uma investigação de corrupção. A companhia vai pagar 206 milhões
de dólares para virar a página sobre evidências de subornos em quatro contratos
no exterior.
A investigação interna da
fabricante de aeronaves, iniciada em 2010 após o recebimento de uma intimação
nos EUA, encontrou evidências de problemas em vendas na Arábia Saudita, Índia,
Moçambique e República Dominicana no período de cinco anos até 2011. A multa
está em linha com a provisão da Embraer feita em julho de 200 milhões de
dólares.
As ações da fabricante de aviões
fecharam em leve baixa nesta segunda, de 0,64%, após o anúncio do
acordo. Ele propõe encerrar um caso em que a empresa poderia ser
processada, sob a lei dos EUA, contra corrupção fora do país. A empresa disse
que não é parte de investigação criminal paralela dos promotores brasileiros sobre
certos indivíduos.
Terceira maior fabricante mundial
de jatos comerciais, a Embraer substituiu grande parte de sua alta
administração nos últimos anos, em linha com esforços de conformidade, e
reduziu o uso de representantes de vendas terceirizados, o que tinha levantado
suspeitas nos casos analisados.
Uma investigação interna
abrangente liderada pela Baker & McKenzie se expandiu para além do âmbito
do inquérito inicial das autoridades americanas, revendo centenas de milhares
de documentos e realização de mais de 100 entrevistas, disse a empresa em
comunicado. No processo, a Embraer disse que os investigadores concluíram
que a empresa foi responsável por práticas em desacordo com as leis em quatro
operações entre 2007 e 2011.
Os negócios envolvem oito aviões
Super Tucano para a República Dominicana; três aviões de vigilância para a
Índia por valor não revelado; dois jatos comerciais E190 vendidos à LAM,
aérea estatal de Moçambique; e três jatos E170 vendidos à estatal de petróleo
Saudi Aramco para a aviação de negócios.
(Com Reuters)
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