De acordo
com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo,
os dois
militares admitiram que a droga estava no caminhão
e disseram que vinham de Campo Grande (MS).
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Os três cabos do Exército presos
por transportarem três toneladas de maconha para o interior de São Paulo em um
caminhão da própria Força receberiam R$ 10 mil cada pelo serviço.
O dinheiro seria pago no local em
que entregavam a droga, em Campinas, que estava sendo monitorado pelo Denarc
(Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), da Polícia
Civil.
Na tentativa de fuga na madrugada
deste domingo (28), houve troca de tiros entre os militares e a equipe do
Denarc. Após o confronto, os cabos Higor Attene e Maykon Coelho, que estavam no
caminhão, foram presos em flagrante.
De acordo com a Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo, os dois militares admitiram que a droga estava
no caminhão e disseram que vinham de Campo Grande (MS).
O terceiro cabo, Raul Simão, ficou
ferido e foi localizado mais tarde em um hospital de Limeira (SP). Ele foi
detido e levado ao Denarc. Outros dois homens, que tentaram fugir em uma
Fiorino, também foram presos. Segundo a Polícia Civil, eles teriam ido a um
empresa desativada para pegar a maconha. Foram apreendidas uma pistola com
numeração apagada utilizada pelos cabos e mais uma van que, segundo a polícia,
teria sido abandonada por outras duas pessoas envolvidas no crime.
Segundo a Secretaria da Segurança
Pública, o Denarc investigava o caso havia três meses. Os policiais descobriram
que um carregamento de drogas chegaria a uma empresa desativada em Campinas e
ficaram no aguardo dos criminosos. A pasta informou que a ocorrência está sendo
registrada e as investigações prosseguirão.
O Exército informou que o caminhão
pertence ao 20º Regimento de Cavalaria Blindado de Campo Grande (MS), integrado
pelos três cabos.Em nota, a instituição afirma que "não admite atos desta
natureza, que ferem os princípios e valores mais caros sustentados pelos
integrantes da Força".Em razão da gravidade do fato, "que desonra a
instituição e atinge a nossa sociedade, os militares encontram-se presos e
serão expulsos do Exército".
Um inquérito policial militar foi
instaurado, paralelamente à investigação da Polícia Civil, para apurar todos os
fatos e responsabilidades.O comando do Exército ainda agradece "o
eficiente trabalho dos órgãos de segurança pública do Estado de São Paulo,
colocando-se à disposição para apoiar as investigações na busca do rigoroso
esclarecimento das circunstâncias que envolveram a ocorrência policial".
Por fim, a nota diz que haverá
"minuciosa investigação na Organização Militar de onde os militares e a
viatura são oriundos, com o objetivo de corrigir procedimentos de segurança,
para que falhas desta natureza não voltem a ocorrer." Com informações da
Folhapress.
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