Carro da
Uber é apreendido na SPFW, por fiscais da SPTrans
e pela
Guarda Civil (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
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A empresa decidiu transferir para
o passageiro a taxa de 0,10 centavos cobrada pela Prefeitura para cada
quilômetro rodado
Principal motivador do decreto da
gestão Fernando Haddad (PT) que liberou o transporte individual privado de passageiros,
o Uber é, a partir desta terça-feira, a terceira empresa credenciada para
oferecer corridas a passageiros em São Paulo de forma legalizada – sai atrás da
espanhola Cabify e da brasileira Easy Táxi, que lançou seu Easy Go na semana
passada. A autorização do Uber será publicada no Diário Oficial da Cidade desta
terça-feira. A empresa decidiu transferir para o passageiro a taxa de 0,10
centavos cobrada pela Prefeitura para cada quilômetro rodado.
O porta-voz da empresa no Brasil,
Fabio Sabba, afirma estimar que o impacto dessa cobrança extra será reduzido.
“Para que a tarifa aumente 1 real no final, o passageiro terá de percorrer ao
menos 10 quilômetros”, explica. A taxa da Prefeitura – uma outorga pelo uso do
viário urbano para o serviço de transporte individual – virá descrita no recibo
que o Uber envia para o cliente por e-mail, separada do valor do serviço, pagos
à empresa e ao motorista.
Em viagens que cruzam distâncias
maiores, como de São Paulo para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a tarifa
da Prefeitura será cobrada apenas no trecho de São Paulo. Ao deixar o
Município, o aplicativo saberá, pelo GPS, que deverá deixar de fazer a cobrança
extra.
Ainda segundo Sabba, não houve
demora para a regulamentação da empresa. “Os textos da Prefeitura ainda estavam
saindo, e tínhamos de esperar. Mas é lógico que queríamos operar de acordo com
as regras. São Paulo é a primeira empresa em que o Uber opera sob esse tipo de
regulamentação em toda a América Latina”, disse.
Há duas semanas, Rodrigo Pirajá,
diretor-presidente da SPNegócios, empresa da Prefeitura à frente da
regulamentação dos aplicativos de transporte, havia informado que, no caso do
Uber, havia algumas dificuldades técnicas para a adequação dos sistemas.
Dados — A
regulamentação da Prefeitura prevê que o poder público tenha acesso aos dados
sobre número de viagens, total de carros e tarifas instantaneamente, para que
possa cobrar a tarifa de 0,10 centavos por km e também verificar se o limite de
quilômetros que as empresas de aplicativo podem rodar está perto de ser
atingido. Esse limite é de 27 milhões de quilômetros por mês, ou o equivalente
ao que 5.000 táxis percorrem.
Segundo a Prefeitura, há ainda uma
empresa em processo de cadastramento. A expectativa dos técnicos da gestão Haddad
é de que uma quinta companhia também entre no mercado paulistano. A cota de
quilômetros que os aplicativos serão autorizados a rodar poderá mudar caso se
note que os índices de trânsito estão aumentando ou diminuindo.
(Com Estadão Conteúdo)
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