Foto de 11
de maio de 2015 mostra região no mar do sul da China
(Foto: Ritchie B. Tongo/AP)
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Declaração é feita após Haia dizer
que Pequim violou direito das Filipinas. China diz que decisão 'serve para ser
jogada no lixo'.
A China tem direito a instaurar
uma "Zona de Identificação de Defesa Aérea" (ADIZ) no Mar do Sul da
China, afirmou nesta quarta-feira (13) o vice-ministro chinês das Relações
Exteriores, Liu Zhenmin.
"A eventual necessidade de
estabelecer uma no Mar da China Meridional depende do nível de ameaça que
sofremos", afirmou Liu em Pequim.
A declaração do governo foi feita
um dia depois da decisão da Corte Permanente de Arbitragem (CPA) de Haia de que
Pequim "violou os direitos soberanos das Filipinas em sua zona econômica
exclusiva" de 200 milhas náuticas, ao "interferir em sua exploração
da pesca e do petróleo com a construção de ilhas artificiais".
A sentença da CPA é "um papel
que serve apenas para se jogado no lixo", disse Liu Zhenmin ao comentar a
decisão contrária a China.
Pequim boicotou a audiência da
CPA, alegando que o tribunal não tinha competência na questão.
A decisão é "ineficaz e
injusta. É utilizada para negar os direitos e os interesses da China",
completou Liu, que questionou a neutralidade da corte, integrada por cinco
pessoas baseadas na Europa, pouco representativas dos países envolvidos no
tema.
Liu Zhenmin criticou ainda o juiz
japonês que designou quatro dos cinco árbitros, Shunji Yanai, a quem acusou de
ter vínculos com a ala nacionalista nipônica.
China e Japão tem uma divergência
marítima pela soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku, no Mar da China Oriental.
Os outros países "não devem
fazer com que o Mar da China se transforme em fermento de guerra",
advertiu Liu, ao responder uma pergunta sobre um eventual reforço da presença
militar chinesa na região.
"Voltar à mesa de negociações
é o único meio para reduzir as divergências e solucionar as diferenças",
completou Liu Zhenmin.
Foto de 11 de maio de 2015 mostra
região no mar do sul da China (Foto:
Ritchie B. Tongo/AP)
Foto de 11 de maio de 2015 mostra
região no mar do sul da China (Foto: Ritchie B. Tongo/AP)
Da France Presse
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