O
vice-presidente Michel Temer durante encontro na residência
oficial do
Senado - 27/04/2016(Evaristo Sa/AFP)
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Em entrevista ao SBT, o vice afirmou ainda que o seu eventual governo
apoiaria o fim da reeleição e não interferiria 'de forma alguma' nas investigações
da Operação Lava Jato
O vice-presidente Michel Temer
afirmou nesta quinta-feira que, se assumir o governo em caso de impeachment de
Dilma Rousseff, não vai se candidatar nas eleições de 2018. A declaração foi
feita em entrevista do vice ao SBT. Em um aceno ao PSDB, Temer disse ainda que
o seu eventual governo apoiaria "sem dúvida alguma" o fim da
reeleição. "Eu ficaria felicíssimo se ao final de um eventual governo eu
conseguisse colocar o país na rota do crescimento, conseguisse pacificar o
país", afirmou.
Durante toda a entrevista, Temer
pontuou que estaria falando apenas em hipóteses e que é preciso respeitar o
Senado e todo o processo. Apesar disso, o peemedebista confessou que já está
sentindo o peso do processo que pode culminar com sua própria posse como
presidente. "Tem um peso, um peso muito grande, principalmente porque não
tive tempo de preparar esse governo, tanto fisicamente como nas ideias",
afirmou. Ainda assim, o vice disse ter planos voltados ao "crescimento
econômico" do país.
O peemedebista afirmou que espera
contar com o apoio do Congresso para medidas que devem focar, principalmente, a
geração de emprego. "O plano econômico deve buscar a abertura de
vagas", disse ele. Temer também reafirmou que não vai mexer em programas
sociais como o Bolsa Família. "Não tenho a menor dúvida em relação a
isso."
Questionado sobre a possibilidade
de interferir no andamento da Operação Lava Jato, Temer foi enfático ao dizer
que não haverá influência na sequência das investigações. "Eu pretendo
reinstitucionalizar o país", afirmou. "Não haverá interferência de
forma alguma."
Sobre a proposta de antecipar
eleições gerais, Temer disse que "essa tese perdeu substância nos últimos
tempos". O vice garantiu não se impressionar com uma provável oposição do
PT e dos movimentos sociais. "É democrático, desde que não cause
obstruções."
Em relação à imagem de
"golpista" que o PT, movimentos sociais e a presidente estão tentando
fixar, Temer disse que não responderia, mas que "tem um respeito e apreço
pessoal por Dilma Rousseff" e "pretende manter uma relação
institucional adequada".
(Com Estadão Conteúdo)
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