Entrevista
coletiva do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner
em Brasília
(DF) (Valter/Campanato/Agência Brasil)
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No ano novo, Jaques Wagner recorre
aos velhos recursos
Para começar o ano novo, o chefe
da Casa Civil, Jaques Wagner, recorreu a um antigo expediente para defender o
governo e o PT: culpar a oposição.
Em entrevista ao jornal Folha
de S. Paulo, Wagner até ameaçou fazer mea culpa. Comentando os
frutos da Operação Lava Jato - que leveram para a prisão o mensaleiro e
ex-presidente da legenda José Dirceu e o ex-tesoureiro José Vaccari -, o
ministro-chefe afirmou que o partido usou "ferramentas antigas",
"reproduzindo metodologias", sem especificar quais. Depois, porém,
afirmou que o partido era uma espécie de réu primário no assunto, e comparou:
"Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza".
Parou por aí. Ao comentar a crise
econômica - PIB negativo e inflação acima dos 10% -, Wagner retomou o antigo
discurso petista/governista. Reconheceu que "as medidas contracíclicas
tomadas produziram um problema fiscal que ela [a presidente Dilma Rousseff] se
impôs consertar". Enfim, emendou: "O erro para mim é muito mais da
oposição, que fez uma agenda do 'impeachment tapetão'".
Adiante, Wagner diz que o país não
volta a crescer em 2016 e garante que o governo vai enterrar o impeachment.
"Não tenho dúvida de que a gente vai a 250, 255 votos", disse. Para
barrar a abertura do processo de impedimento na Câmara, o governo vai precisar
de 171 votos".
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