Dono do BTG Pactual estava preso
desde quarta-feira (25) na sede da PF. Ministro do STF negou revogação da
prisão e autorizou transferência.
O banqueiro André Esteves, dono do
BTG Pactual, passou a noite no presídio Bangu 8, na Zona Oeste do Rio de
Janeiro. Ele deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal na
quinta-feira (26) para cumprir a prisão temporária em um presídio comum, passou
por triagem no presídio Ary Franco, na Zona Norte da cidade, e foi transferido.
Esteves deixou a sede da PF por
volta das 22h20 em um carro da corporação, que foi acompanhado por um comboio
até o Instituto Médico Legal (IML), onde ele fez exame de corpo de delito. Ele
permaneceu no local por cerca de dez minutos, antes de seguir para o presídio
Ary Franco, onde chegou por volta das 23h.
Depois de passar pela triagem no
presídio Ary Franco, o banqueiro foi transferido para Bangu 8. Como tem curso
superior, ele tem direito a ficar em cela especial, por isso foi transferido
para a outra unidade prisional.
O banqueiro foi preso na quarta
(25), por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de tentar
atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Nesta quinta, o ministro Teori
Zavascki, do STF, negou um pedido apresentado pela defesa do banqueiro para
revogar sua prisão temporária e autorizou a transferência dele da
Superintendência da PF para uma unidade prisional.
Em ofício ao STF, a PF do Rio
informou que não teria condições de manter o banqueiro preso na carceragem e
sugeriu transferência para o presídio Ary Franco.
Como está em prisão temporária,
André Esteves, que já foi o 13º mais rico do Brasil, deve ficar encarcerado até
domingo (29), quando termina o prazo de 5 dias para esse tipo de detenção.
Esteves foi citado em conversas do
senador Delcídio Amaral (PT-MS), também preso, como interessado em evitar uma
delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, ou ao menos retirar
suspeitas relacionadas ao banco de seu conteúdo.
No pedido para revogar a prisão, a
defesa de Esteves alegou que não se justifica mantê-lo preso porque a decisão
se baseia exclusivamente em conversas nas quais diversas outras autoridades
também foram mencionadas, sem que tenha se suspeitado delas.
Os advogados do banqueiro admitem
que ele conhece Delcídio e outros parlamentares, mas afirmou que ele nunca
falou com o chefe de gabinete do senador nem com o advogado de Nestor Cerveró,
também presos pela PF.
Além de Esteves, também foram
presos nesta quarta o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o chefe de gabinete
dele, Diogo Ferreira.
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