Site da
Interpol usa foto do advogado de Cerveró, Edson
Ribeiro,
e diz que ele é procurado pela Justiça brasileira (Foto: Reprodução)
|
Edson Ribeiro, que defendeu
Cerveró, teve prisão decretada nesta quarta. Ele foi para os EUA, e a inclusão
na Interpol é requisito para a prisão.
Edson Ribeiro, advogado do
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, foi preso na manhã desta sexta-feira
(27) no Aeroporto Tom Jobim, Zona Norte do Rio, logo após chegar de um voo de
Miami (EUA).
Segundo a Procuradoria Geral da
República, Ribeiro fez parte do esquema para tentar interferir nas
investigações da Operação Lava Jato, do qual fariam parte ainda o senador
Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.
Às 9h50, o advogado era levado
para a Superintendência da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio. Imagens
do Globocop mostram o comboio da Polícia Federal que escoltava Ribeiro. Ele
chegou ao local por volta as 10h. Um carro da Polícia Civil também estava no
local para fazer exames periciais no advogado.
O ministro Teori Zavascki, relator
da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou a inclusão do nome
do advogado na difusão vermelha da
Interpol, que permitiria que Edson fosse preso em fronteiras ou no exterior.
Ribeiro chegou a ser localizado
nos Estados Unidos na quarta, mas não foi detido porque era aguardada a decisão
do Supremo sobre a inclusão do nome na lista.
Edson Ribeiro é suspeito de ter
atuado para ajudar o senador Delcidio do Amaral, líder do governo no Senado, a
tentar prejudicar acordo de delação premiada entre Cerveró e o Ministério
Público Federal. Ou, caso o acordo fosse firmado, impedir que o ex-diretor
citasse o nome do parlamentar e do empresário André Esteves, que foram presos
nesta quarta.
Relatório da PGR
O pedido de prisão do advogado
consta em um o relatório da Procuradoria Geral da República, que também
solicitou a prisão do senador Delcídio do Amaral e de Esteves.
Em diversos trechos, o documento
aponta supostas tentativas de Delcídio de “embaraçar as investigações”. Fala em
“atuação concreta e intensa” do senador e do banqueiro para evitar a delação
premiada de Nestor Cerveró, “conduta obstrutiva” e “tentativa de interferência
política em investigações judiciais”. A PGR afirma que os R$ 50 mil mensais
prometidos a Nestor Cerveró seriam repassados à
família do ex-diretor mediante um “acordo dissimulado” entre o advogado
Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.
Ainda conforme o relatório da PGR,
parte dos valores prometidos a Cerveró seria repassada a partir de honorários
advocatícios pagos por André Esteves, ao advogado Edson Ribeiro.
O senador Delcídio do Amaral também teria prometido a Ribeiro, segundo o
documento da PGR, mais R$ 4 milhões em honorários advocatícios.
O relatório foi baseado em
gravações realizadas por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, de duas
reuniões recentes – realizadas nos dias 4 e 19 de novembro – com a participação
de Delcídio Amaral e André Esteves.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!