Próximo encontro das autoridades locais acontecerá no sábado, dia 7, em
Búzios
Para entender cada vez melhor o novo cenário da crise que envolve o setor de petróleo e gás e,
conseqüente, a queda na arrecadação dos royalties, o prefeito Antônio Marcos e
o vice, Zedequias da Costa, participaram do segundo encontro com os prefeitos
da região para buscar alternativas de gestão para os municípios. O momento
serviu para unificar o discurso regional e, também, para preparar um documento
que garanta os investimentos já anunciados e a empregabilidade na Região dos
Lagos e Norte Fluminense. Este documento será apresentado e assinado pelas
lideranças no próximo sábado, dia 7, em Búzios.
De acordo com o prefeito Antônio Marcos, é preciso se antecipar para um
cenário que pode ser ainda pior. “Se o mercado se comportar da maneira como
está, podemos chegar a uma arrecadação dos royalties que se equiparará a que
tivemos no ano de 2010. É preciso ações como esta para mantermos o equilíbrio
orçamentário e nos adaptarmos a esta nova realidade. No último ano mesmo, já
antecipando esta situação, tivemos que fazer cortes”.
Para o secretário de Planejamento e Processamento de Dados, Célio
Ricardo de Almeida, é preciso lembrar que a queda no repasse da compensação
traz um efeito cascata e reflete também na arrecadação de outros impostos como
do Imposto Sobre Serviços (ISS). “Estamos atentos e acompanhando a situação bem
de perto para que nosso município consiga passar por este momento conturbado no
mercado internacional”.
Em Casimiro de Abreu, no ano de 2014, a arrecadação foi R$ 24 milhões
inferior a estimada. A previsão para este ano, estabelecida em agosto de 2014,
quando o preço do barril de petróleo era de U$ 103,17, foi de R$ 129 milhões.
Mas, se o atual cenário for mantido, a queda na arrecadação pode chegar a quase
35% da estimativa.
Na reunião, também estiveram presentes o prefeito de Macaé, Dr.
Aluizio; o de Carapebus, Amaro Fernandes; de Quissamã, Octávio Carneiro; de
Conceição de Macabu, Cláudio Eduardo Barbosa; de Búzios, André Granado; de Cabo
Frio, Alair Corrêa; o vice-prefeito de Rio das Ostras, Gelson Apicelo e o
secretário de Petróleo, Energias Alternativas e Inovação Tecnológica de Campos
dos Goytacazes, Marcelo Neves. Também compareceram ao encontro, presidentes e
outros representantes das câmaras de vereadores de Macaé e região, e ainda da
Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), da Federação das Indústrias
do Rio de Janeiro (Firjan) e da Associação Brasileira das Empresas de Serviço
de Petróleo (Abespetro).
INFORMAÇÕES – Durante a
reunião foram realizadas três palestras para que a atual situação fosse
compreendida pelos gestores. O consultor do Rio Sil, Alfredo Renault,
apresentou o “Cenário e as perspectivas do setor de petróleo e gás”. Segundo
ele, a queda no repasse pode ser ainda maior nos próximos meses, já que a
compensação é paga com dois meses de defasagem em relação a produção de
petróleo. Segundo ele, todo esse momento pode ser sentido no comércio e na rede
hoteleira, por exemplo.
O secretário executivo da Abespetro, Gilson Coelho, animou um pouco os
administradores ao falar sobre o crescimento da indústria de petróleo para os
próximo anos. Já o diretor da Macroplan, Claudio Porto, explicou como fazer a
gestão estratégica de uma crise como esta. Ele ressaltou que com a crise, a
pressão social sobre as prefeituras aumenta. “É importante ter métodos de
gerenciamento, não improvisar. Fazer uma gestão responsável da receita e das
despesas, deixando sempre a equipe de especialistas e também a população bem
informada de tudo o que esta acontecendo”.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!