Em conferência,
ele não deu mais detalhes sobre o conteúdo das informações
O fundador do
Wikileaks, Julian Assange, revelou neste domingo (16) que a organização prepara
um novo vazamento de arquivos secretos e criticou o Google por considerá-lo a
serviço do governo dos Estados Unidos.
As declarações
foram dadas durante participação em um fórum sobre "Vigilância de
Massas" no Festival de Cinema de Lisboa e Estoril (Leffest), por meio de
teleconferência, já que continua recluso na embaixada do Equador em Londres.
O ativista
australiano não forneceu detalhes sobre o conteúdo do vazamento nem a data que
os arquivos serão divulgados.
Durante o
discurso, Assange fez duras críticas ao governo e às agências de inteligência
americanas por tentarem controlar o maior número possível de dados em nível
mundial. Ele destacou que apesar dos muitos ataques contra o Wikileaks, a
organização conseguiu sobreviver e segue funcionando.
"Não
conseguiram destruir nem um só documento, eles (americanos) perderam",
ressaltou o ativista australiano, refugiado na representação diplomática do
Equador em Londres desde julho de 2012, após a Corte Suprema Britânica ter
autorizado sua extradição para a Suécia.
Os suecos
acusam Assange de ter cometido crimes sexuais no país, fato negado pelo
ativista. Ele afirma que a extradição é interesse dos Estados Unidos, que quer
ele seja julgado assim como Chelsea Manning, soldado que vazou documentos
diplomáticos para o Wikileaks em 2010 e condenado a 35 anos de prisão.
Chelsea
Manning, ex-analista de inteligência do exército americano, era conhecida como
Bradley Manning na época do vazamento, e passou por uma operação de mudança de
sexo. A militar atuou em operações americanas no Iraque.
O fundador do
Wikileaks defendeu que a principal ameaça de segurança em nível mundial é o
poder ilimitado das agências de inteligência. Ele descartou que a vigilância em
massa seja o método mais adequado para combater o terrorismo.
Assange
criticou a centralização da informação em poucas mãos, algo que, em sua
opinião, transformaria o mundo em totalitário, e acusou o Google de manter estreitas
relações com o governo americano.

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