Justiça decretou soltura de 11 presos que estavam em prisão temporária.
Todos eles deixaram a sede da PF em Curitiba nesta terça-feira (18).
Os 11 presos na Operação Lava Jato que receberam alvará de soltura da
Justiça Federal nesta terça-feira (18) foram soltos entre as 22h35 e as 23h.
Eles foram colocados em liberdade por decisão do juiz Sergio Moro e deixaram a
carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Estas 11 pessoas devem seguir algumas restrições impostas pelo juiz:
eles estão proibidos de mudança de endereço sem prévia autorização judicial e
de deixar o país. Eles também devem entregar os passaportes brasileiros e, eventualmente,
passaportes estrangeiros à Justiça no prazo de cinco dias, além de comparecer
"a todos os atos processuais e ainda, perante a autoridade policial, MPF
[Ministério Público Federa] e mesmo perante este Juízo mediante intimação por
qualquer meio, inclusive telefone", diz um trecho da decisão. O
descumprimento das medidas cautelares poderá causar a renovação da prisão
cautelar.
Todos eles foram detidos na sétima etapa da Operação Lava Jato, da
Polícia Federal (PF).
As 11 pessoas colocadas em liberdade são:
-Valdir Carreiro (diretor-presidente da IESA)
-Othon Zanoide (diretor da Queiroz Galvão)
-Jayme de Oliveira Filho (sem empresa específica, ligado ao doleiro
Alberto Youssef)
-Alexandre Barbosa (OAS)
-Walmir Santana (UTC)
-Ildefonso Colares (ex-diretor-presidente da Queiroz Galvão)
-Carlos Alberto da Costa e Silva (UTC)
-Otto Sparenberg (diretora da IESA)
-Newton Prado Junior (diretor da Engevix)
-Carlos Eduardo Strauch (diretor da Engevix)
-Ednaldo Alves da Silva (UTC)
Prisão preventiva
Além da liberação
dos 11 presos, o juiz Sergio Moro decidiu que a prisão temporária do ex-diretor
de Serviços da Petrobras Renato Duque e de mais cinco suspeitos fosse
convertida para prisão preventiva. Com a decisão da Justiça Federal do Paraná,
a prisão preventiva, que ao contrário da temporária, pode se estender por prazo
indeterminado durante o processo, foi decretada para:
-Renato Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras)
-Ricardo Ribeiro Pessoa (presidente da UTC)
-José Aldemário Pinheiro Filho (presidente da OAS)
-Mateus Coutinho de Sá Oliveira (funcionário da OAS, em São Paulo)
-João Ricardo Auler (presidente do Conselho de Administração da Camargo
Côrrea)
-Dalton Santos Avancini (presidente da Camargo Côrrea)
Outros seis
presos nesta fase da operação já tinham os mandados de prisão preventiva
decretados desde sexta-feira. São eles:
-Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor-presidente da Área
Internacional da OAS)
-Eduardo Hermelino Leite (vice-presidente da Camargo Correa)
-Erton Medeiros Fonseca (diretor presidente de Engenharia Industrial da
Galvão Engenharia)
-Gerson de Mello Almada (vice-presidente da Engevix)
-José Ricardo Nogueira Breghirolli (funcionário da OAS, em São Paulo)
-Sérgio Cunha Mendes (diretor-vice-presidente-executivo da Mendes
Junior)
De acordo com a a
Justiça Federal, eles permanecerão presos na carceragem da PF até que o juiz
Sérgio Moro solicite a transferência deles para um presídio no estado do
Paraná.
Fernando Baiano
O lobista
Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", apontado como
operador do PMDB no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, se entregou
na tarde desta terça-feira na sede da Polícia Federal, na capital paranaense. O
advogado dele, Mário de Oliveira Filho, afirmou na segunda-feira (17) que o
cliente é usado como "bode expiatório" na operação Lava Jato. Baiano
era considerado foragido da polícia.
Como ele se entregou
apenas nesta terça-feira, o juiz vai se manifestar em relação a ele depois que
o prazo da prisão temporária dele vencer, daqui cinco dias. A partir de então,
a Justiça pode determinar a prorrogação da prisão da temporária, a conversão
para prisão preventiva ou a soltura dele.
Uma pessoa
continua foragida – Adarico Negromonte Filho (sem empresa específica). Ele é
irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA).
Lava Jato
A operação
investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$
10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da
Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Na primeira fase da operação,
deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro
Alberto Youssef e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa.
Esta última fase
da Lava Jato teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras,
que apenas com a Petrobras mantêm contratos que somam R$ 59 bilhões. Parte
desses contratos está sob avaliação da Receita Federal, do Ministério Público
Federal e da Polícia Federal.
Ao todo, foram
expedidos 85 mandados em cidades do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de
Janeiro, Recife e Distrito Federal.
Fonte: G1

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