Mais de 60 foram hospitalizados após mergulho na Praia da
Tartaruga.
Após cinco dias de espera, o laudo emitido pelo Instituto
Estadual do Ambiente (Inea), enviado ao G1 na manhã desta quarta-feira (26),
não chegou a nenhuma conclusão sobre as causas da intoxicação de banhistas na
Praia da Tartaruga, em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio. O
problema ocorreu na quinta (20) e sexta-feira (21), quando mais de 60 pessoas foram
hospitalizadas com sintomas como enjoo, queimação nas vias respiratórias e
ardência nos olhos após mergulharem no local.
Uma das principais suspeitas levantadas na ocasião era a
possibilidade de que a contaminação pudesse ter sido causada por impurezas despejadas
no mar por navios. A hipótese foi cogitada pelo secretário estadual do
Ambiente, Índio da Costa, que esteve na cidade após as contaminações.
"Ainda não dá para saber o que contaminou a água, mas
estamos quase certos de que o problema foi ocasionado pelo lançamento de esgoto
não tratado ou tratado de forma irregular por um dos navios que atracou em
Búzios", afirmou Índio da Costa na ocasião.
O laudo do Inea, no entanto, afirma que não foram
encontrados elementos que caracterizem despejo de esgoto. O documento diz ainda
que nenhuma substância que pudesse ter causado os sintomas relatados pelos
pacientes foi encontrada na água. Por fim, o laudo aponta que as condições da
água na Praia da Tartaruga já teriam voltado ao normal, tornando o local propício
para o banho de mar.
No sábado (22), durante sobrevoo, o secretário estadual do
Ambiente e agentes do Inea flagraram uma mancha saindo de um transatlântico que
estava atracado no mar de Búzios. Sobre a mancha, o laudo do Inea diz que ela
pode ter sido causada pela areia do fundo do mar ao ser mexida pelo motor do
navio.
Na segunda-feira (24), o internauta lcinir de Jesus, de 50
anos, enviou ao G1 fotografias feitas por ele em novembro do ano passado,
quando flagrou uma mancha amarelada saindo do transatlântico em que ele estava,
assim que o navio atracou no litoral buziano.
''Eu estava vendo o mar. Aquela cor transparente, aquele mar
azul com verde, quando do nada surgiu essa mancha que parecia sair do nosso
navio. O cheiro era muito forte na hora e eu fiquei chateado em saber que
poderia ser algum líquido que estaria poluindo o meio ambiente'', disse o
internauta, que enviou as fotos ao ver a repercussão do caso.
Veja a nota do Inea
na íntegra:
A mudança de coloração
da água do mar no entorno de um dos transatlânticos fundeados na Praia da
Armação, em Búzios, na Região dos Lagos, no último sábado (22/02), não contêm
elementos que caracterizem despejo de esgoto ou floração de microalgas.
De acordo com testes
realizados pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em amostras de água
coletadas próximo e dentro da embarcação, a alteração, ao que tudo indica, foi
causada pelo revolvimento do leito marinho, ao ser acionado o motor do navio.
O Inea esclarece ainda
que os testes preliminares realizados com amostras de água da praia da
Tartaruga não foram conclusivos quanto a presença de substâncias que possam ter
causado o mal estar relatado por banhistas e moradores na quinta-feira (20/02)
passada.
Os resultados dos
últimos testes realizados a partir de amostras coletadas no fim de semana na
praia da Tartaruga indicam o retorno das condições normais de balneabilidade.
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