Ruas de Rio das Ostras sem acessibilidade | Rio das Ostras Jornal

Ruas de Rio das Ostras sem acessibilidade



Falta acessibilidade e sobra desrespeito nas ruas de nossa cidade

As calçadas de Rio das Ostras não permitem que um deficiente físico ou visual possa sair de casa sozinho. Há uma infinidade de buracos, protetores de meio-fio, orelhões, valas de obras, árvores, postes de energia elétrica e sinalização colocados no meio das calçadas. Calçadas desniveladas e esburacadas, aliadas à falta de rampas e de adaptações são obstáculos aos cadeirantes. Já é um drama estar em uma cadeira de rodas, andar de muletas, bengalas, etc.

Os riscos de acidentes se multiplicam à medida que andamos nas ruas, vivemos receosos de que algo pior possa acontecer. Penso que o ser humano tem por direito uma necessidade, a de ir e vir. Um direito que a cada dia se perde em Rio das Ostras. Embora tenha seu Plano Diretor, a cidade, que não foi planejada, não mostra os resultados contidos tanto no Plano Diretor quanto na Lei Orgânica do município.

Carrinho de bebê contorna, pela rua, calçada "inacessível".
A reurbanização do centro de Rio das Ostras trouxe “benefícios para todos”, mas nada em especial para as pessoas com deficiência e idosos. Apenas as calçadas estão acessíveis. Mais afastados da rodovia encontramos os perigos do descaso. A Acessibilidade consiste na facilidade de acesso e de uso de ambientes, produtos e serviços por qualquer pessoa, dentre elas os deficientes físicos. A mobilidade é um direito adquirido por lei.

Diversas ruas de Rio das Ostras, como as esquinas da Av. Novo Rio das Ostras com a Rua Maracanã, o encontro da Rua Mayer com a Av. Amazonas, a Rua Paranaíba, Rua do Correio, entre outras estão comprometidas para passagem de cadeirantes, carrinho de criança... Em algumas dessas ruas a dificuldade é tão grande que lixeira, caixa postal e poste com a placa de sinalização bloqueiam a passagem além da calçada.

Placas da Prefeitura e poste são obstáculos
para cadeirantes.
José Miguel, de 20 anos, cadeirante, não consegue passar despercebido. Como se não bastasse conviver com essa falta de civilidade, o web designer enfrenta outros desafios diários pelas ruas de Rio das Ostras. Movimentar-se em uma cadeira de rodas é uma verdadeira prova de obstáculos, repleta de riscos à vida. O cadeirante reclama do precário transporte público, das calçadas desniveladas e esburacadas, aliadas à falta de rampas e de adaptações, as quais prejudicam a vida do deficiente físico. “Não ando a pé, porém também sou pedestre e, assim como todos os outros cadeirantes, preciso de mais respeito. Somos desrespeitados por pessoas que não tem escrúpulos, até na hora de estacionar o veiculo, estacionam na vaga especial”, diz.

Maria da Conceição disse que é muito perigoso andar com o carrinho de bebê pelo asfalto. “Somos obrigadas a andar empurrando o carrinho com o nosso bebê pelo asfalto dividindo o espaço com os veículos, porque as calçadas são desniveladas, cada morador faz a sua calçada como bem entende”, diz a jovem mãe de 25 anos.

É arriscado andar pelo asfalto e também é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro.  A restrição vale tanto para pedestres quanto para quem anda de cadeira de rodas.  Locomover-se pelas calçadas de Rio das Ostras é um desafio porque elas não apresentam as mínimas condições de uso e os munícipes limitados fisicamente são obrigados a andar por essas ruas cheias de obstáculos.
Lixeira e poste impedem a passagem
de pedestres.

Por um desencargo de consciência do governo municipal ou da Câmara, por intermédio dos vereadores, poderia ser criado ou indicado projeto para padronizar as calçadas da cidade e dar mais acessibilidade à sua população. Há países em que as calçadas são padronizadas e são de responsabilidade do município há séculos, mostrando quanto é importante o direito do cidadão.
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1 comentários:

  1. As ruas de Rio das Ostras realmente não tem nenhuma acessibilidade. Minha esposa e eu sempre temos que andar pelas ruas com o carrinho de nossa filha. Fico imaginando a vida de um cadeirante. No lugar de indicações tolas e futilidades, bem que os vereadores e o poder executivo poderiam tomar uma atitude que procurasse reverter ou amenizar tal problema.

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