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BRASIL / MUNDO

Carro pega fogo na Avenida das Américas

Incêndio aconteceu na subida da serra da Grota Funda. Acidente complicou trânsito no sentido Barra da Tijuca.

Bombeiros foram chamados na manhã desta segunda (10) para apagar um incêndio em um carro na Avenida das Américas, na subida da serra da Grota Funda, em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.

O acidente complicou o trânsito no sentido Barra da Tijuca. Segundo bombeiros de Campo Grande, a proprietária do veículo conseguiu sair a tempo.

Família vive drama para tentar doar órgãos da filha que sofreu acidente

Hospital Central de Cabo Frio não tem equipamentos para os exames. Acidente ocorreu na madrugada de sábado (8), em Cabo Frio.

Uma família vive um drama em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Os pais lutam contra o tempo para doar os órgãos da filha de 19 anos que sofreu um acidente de carro, na madrugada de sábado (8). Tainá voltava para casa com o namorado de um encontro com amigos. A família decidiu doar os órgãos para atender a um pedido da própria jovem. O corpo está no Hospital Central de Emergência de Cabo Frio. Os médicos disseram que ela teve morte cerebral. Mas para a doação ser autorizada ainda é necessário um exame complementar. De acordo com a Central Estadual de Transplantes do Rio, a paciente precisa passar por uma arteriografia cerebral ou por um eletroencefalograma.

O problema é que nem o Hospital Central de Emergência de Cabo Frio nem outros hospitais da rede pública da região têm esses aparelhos.

Segundo o governo do estado, o corpo de Tainá está em estado de choque e nesta condição a captação dos órgãos não pode ser realizada. O governo do estado informou também que o Hospital de Cabo Frio pode pedir a transferência da jovem para outra unidade que tenha os aparelhos necessários para os exames.

Candidatos relatam tumulto antes da prova do concurso da Caixa

Tumulto provocou cancelamento das provas no Rio e em São Paulo. Empresa diz que candidatos estavam em local errado, mas eles negam.

Neste domingo (9), milhares de candidatos inscritos no concurso da Caixa Econômica Federal não puderam realizar a prova do concurso. O problema estava no endereço do local da prova, que estava errado. Houve tumulto e o concurso foi cancelado em algumas unidades. A empresa contratada pela Caixa para organizar o exame culpa os candidatos, dizendo que eles foram para o local errado. Mas os candidatos apresentaram comprovantes mostrando que estavam no lugar certo. O mesmo problema foi registrado na capital paulista, em Osasco, na Grande São Paulo, e no Rio de Janeiro.

No prédio de uma universidade em São Paulo os candidatos estavam revoltados. Nas mãos, o comprovante de inscrição para o concurso.

No Rio de Janeiro, outros também não puderam entrar para fazer o exame. Por conta da confusão, a prova foi cancelada. Eles disputavam vagas para técnico bancário – um cargo administrativo da Caixa Econômica Federal que tem salário inicial de R$ 1.450.

Cerca de 250 mil candidatos do Rio de Janeiro e de São Paulo se inscreveram. Eles seriam aproveitados de acordo com a necessidade da Caixa.

A candidata Suzana Palanti seguiu tudo o que estava no edital do concurso, mas quando chegou ao local do exame na capital paulista descobriu que o seu nome não aparecia na lista.

“Ninguém sabe informar nada. Os coordenadores não tinham informação nenhuma. Mandaram ocupar algumas salas. Ninguém foi falar conosco. Começamos a fazer barulho, queremos uma providência, queremos que o problema seja resolvido”, pede Suzana.

O comprovante confirmava que ela estava no endereço certo. Apenas na capital paulista, cerca de 300 pessoas passaram pelo mesmo problema: pagaram a inscrição, mas não tinham como a fazer a prova. Mesmo quem já estava na sala pronto para o exame, desistiu.

“Decidimos sair das classes, em primeiro lugar, em solidariedade às pessoas que estão do lado de fora, que se inscreveram como nós e que o nome não consta em lugar nenhum. Segundo, porque não há clima mais psicológico para fazer a prova”, justifica o candidato Abmir Aljeus.

Um candidato gravou no celular uma das organizadoras tentando acalmar os participantes. No final da tarde, a organização do concurso decidiu suspender a prova no prédio todo. Candidatos que viajaram de outros estados ficaram decepcionados.

“Vou requerer o que eu gastei com passagem de Goiânia para São Paulo e o que eu vou gastar de volta”, avisa Gilberto Lima de Oliveira.

“Eu vim de Brasília para São Paulo para fazer a prova e cancelam desta maneira, sem nenhuma informação”, reclama Hugo José Souza.

A Cespe, empresa contratada para aplicar o exame, divulgou nota afirmando que mantém a versão de que o tumulto todo foi provocado pelos candidatos e que, segundo ela, erraram o local da prova. A empresa, que é ligada à Universidade de Brasília, informou ainda que está analisando a extensão do problema para decidir o que fazer.

A empresa responsável pela prova disse que analisará o caso para saber se há necessidade de reaplicar o exame. O problema é que a maioria dos candidatos realizou a prova normalmente no domingo e eles também teriam que participar do exame, caso seja feita uma nova aplicação da prova.

Começa vacinação contra nova gripe de pessoas entre 30 e 39 anos

Em 2009, 22% das mortes causadas pelo H1N1 foram entre esse grupo. Duas semanas serão dedicadas à imunização de 30 milhões de brasileiros.

Começa nesta segunda-feira (10) outra etapa da campanha de vacinação contra a nova gripe. O grupo-alvo desta vez é a população de 30 a 39 anos de idade. São estimadas 30 milhões de pessoas nessa faixa etária. Serão duas semanas de vacinação. O último dia para se imunizar é 21 de maio, uma sexta-feira.

No ano passado, os adultos entre 30 e 39 anos representaram a maior parcela de mortes causadas pelo vírus influenza A (H1N1): 22% do total de 2.051 óbitos registrados.

Até sexta-feira, 47,5 milhões de pessoas haviam sido imunizadas em todo país (81% dos membros dos grupos convocados). A campanha, gratuita, começou em 8 de março, dividida em cinco etapas, conforme o público-alvo.

As crianças entre seis meses e dois anos ainda precisam tomar a segunda meia dose da vacina, o que deve ocorrer 30 dias depois da primeira.

Em novo livro sobre o caso Isabella, médico diz que pedófilo matou garota

Alagoano George Sanguinetti afirma que menina sofreu violência sexual. Promotor critica obra a ser lançada em SP; casal Nardoni foi condenado.

Está previsto para o fim deste mês o lançamento de mais um polêmico livro sobre o caso Isabella, que terminou em março deste ano com a condenação do casal Nardoni pelo assassinato da menina, em 2008. “A morte de Isabella Nardoni - Erros e Contradições Periciais”, do médico alagoano George Sanguinetti, discorda da versão oficial da Justiça, que diz que Anna Jatobá tentou esganar a enteada e Alexandre Nardoni jogou a filha pela janela após uma discussão. Sanguinetti chegou a ser contratado pela família Nardoni para analisar os laudos periciais sobre a morte da menina.

Em 87 páginas, ele critica o trabalho dos peritos e volta a reafirmar a existência de uma “terceira pessoa”, mas, desta vez, “revela” quem seria o criminoso. “Um pedófilo matou Isabella Nardoni e ela sofreu violência sexual, foi abusada sexualmente”, resumiu o autor por telefone ao G1, na sexta-feira (7). Essa tese sugere que o pai e a madrasta de Isabella são inocentes.

Não é a primeira vez que alguém escreve uma obra sobre o caso. Em junho de 2009, o gaúcho Paulo Papandreu, que também é médico, havia publicado “Isabella”, que apresentava outra explicação para a morte da garota: “acidente doméstico”. Segundo ele, a garota caiu sozinha do sexto andar do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo. O livro, que exibia uma foto de Isabella, não agradou a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira. Ela entrou com uma ação contra as imagens e o conteúdo da publicação. Em outubro, uma decisão judicial proibiu a sua venda e determinou o recolhimento dos 10 mil exemplares.

Para não vir a correr o risco de sofrer uma ação similar à que ocorreu com Papandreu, Sanguinetti afirma estar “calçado” e bem assessorado juridicamente. “Não preciso de autorização da família da Isabella para publicar o livro, isso está na Constituição Federal. Mas mesmo assim me precavi. O primeiro passo foi o de não colocar nenhuma foto de Isabella, qualquer citação da família dela ou cópia de documento original do processo. Faço linguagem técnica a partir de achados. Não estou dizendo que o casal é inocente, mas que a polícia e a perícia deveriam ter investigado uma terceira pessoa”, disse o médico alagoano que em 1998 ganhou o prêmio Jabuti de literatura pelo livro “A Morte de PC Farias: O Dossiê de Sanguinetti”.

Isabella Nardoni morreu no dia 29 de março de 2008. À época, a garota tinha cinco anos. Nardoni foi sentenciado a 31 anos, 1 mês e 10 dias; Jatobá, a 26 anos e 8 meses de prisão. Os dois estão presos em Tremembé, a 147 km da capital paulista. Ambos negam o crime. Sugerem que alguém entrou no apartamento enquanto Isabella dormia sozinha e a matou.

Pedófilo

“Sim, quem matou Isabella foi um pedófilo. As lesões encontradas no seu órgão genital são iguais a de uma criança abusada sexualmente. Ela caindo sentada, como afirmou a perícia paulista, não teria lesões como as que ficaram em seu corpo”, afirmou Sanguinetti. Os peritos alegam que as lesões na genitália são decorrentes da queda do sexto andar.

O G1 teve acesso à cópia do conteúdo do livro de Sanguinetti. São 45 páginas expostivas da tese do médico, contêm fotos de uma boneca para representar Isabella e desenhos feitos à mão de um suspeito, apontado como o pedófilo. O restante das páginas é de cópias de documentos de pareceres que ele já fez sobre o caso.

Leia abaixo o trecho do livro no qual ele tenta reproduzir como Isabella foi morta possivelmente por um pedófilo:

“A provável e talvez única motivação para o crime, para que ela fosse jogada do 6º andar do Edifício London foi desviar o foco do atentado sexual. Para que não fosse descoberta as lesões na genitália de Isabella e também impedir o reconhecimento do pedófilo. Acredito que a menor estava adormecida na cama, quando o infrator baixou a calça e a calcinha e a vulnerou com toques impúdicos, dedos, manuseios, etc. Ela acorda e grita papai...papai...papai e para...para..para, como foi descrito por testemunhas que ouviram os gritos de Isabella, audíveis até no 1º andar e no edifício vizinho. Os depoentes que ouviram os gritos, testemunharam que foram minutos antes da precipitação. Na tentativa de silenciá-la, de ocultar a tentativa de abuso sexual, a menor é jogada para a morte. Quando iniciei meus trabalhos, relatei meus primeiros achados e divulguei: ‘procurem o pedófilo, procurem o pedófilo,’ mostrando a causa real da morte de Isabella. No prédio ou nas cercanias, havia alguém com antecedentes de pedofilia? Os que trabalharam anteriormente foram investigados sob esta ótica? Repito: ‘Procurem o pedófilo! Procurem o pedófilo.’”, escreve Sanguinetti.

De acordo com o médico, a finalidade do livro é a de contribuir com o esclarecimento do caso. “Digo que deveriam ter investigado uma terceira pessoa, além do casal. E que o crime teve conotação sexual."

“O responsável pela vistoria no local na noite em que Isabella Nardoni foi jogada foi o tenente[da Polícia Militar Fernando Neves] acusado de pedofilia, que, dias após, cometeu suicídio quando descoberto. Suas afirmações no local: 'revistou todos os apartamentos possíveis e os que teve autorização dos moradores'", afirma Sanguinetti em outro trecho do livro.

Segundo o escritor, o oficial da PM também deveria ter sido investigado como suspeito pela morte de Isabella. "Além dele, havia uma rede de pedofilia que era investigada pela Corregedoria da PM naquela área", disse.

Erros

Entre o que chama de principais erros cometidos pelos peritos dos institutos Médico Legal e de Criminalística, o autor cita:

1) A causa da morte de Isabella (para os peritos foram asfixia mecânica por esganadura e politraumatismo devido a queda de 18 metros de altura; Sanguinetti acredita apenas na segunda hipótese); 2) Asfixia por embolia gordurosa confundida com asfixia por esganadura (a perícia diz que a asfixia foi por esganadura; o autor do livro descarta isso). 3) Interpretação de pequenas lesões nos lábios e boca (peritos dizem que foram causadas pela sufocação; Sanguinetti sustenta que foram causadas porque a menina foi entubada e os aparelhos machucaram suas vias respiratórias) 4) Investigação (a polícia acusou o casal e afirmou não ter encontrado indícios de uma terceira pessoa; o médico alagoano diz que era possível entrar no prédio por uma construção vizinha) 5) Motivação para o crime (o Ministério Público afirmou no julgamento que a madrasta Jatobá tinha ciúmes do marido, Nardoni, com a mãe de Isabella e a filha deles; Sanguinetti fala em crime sexual praticado por um pedófilo).

A capa do livro “A Morte de Isabella Nardoni - Erros e Contradições Periciais” ainda não foi definida. O escritor afirma que a decisão está entre três idéias, mas que em nenhuma delas aparece qualquer foto da menina. “Numa, usamos um manequim de criança se fragmentando. Em outra, a silhueta de uma criança com ferimentos. A terceira sugestão é uma discussão com adultos e uma criança”, disse Sanguinetti.

Apesar de ainda dizer que negocia com a editora onde fará o lançamento, o autor diz que o livro deverá estar pronto entre os dias 20 e 25 de maio, quando estará previsto seu lançamento oficial. “Devo fazer a divulgação primeiro em São Paulo”, afirmou o médico, que sugere um preço popular para a obra. “Quero ver se consigo vendê-la em bancas por R$ 10 ou R$ 8.” Procurada pelo G1 para comentar o assunto, a advogada de Ana Carolina Oliveira, Cristina Christo Leite, não quis se manifestar. O promotor Francisco Cembranelli, que denunciou o casal Nardoni, afirmou por telefone que o livro do médico alagoano não tem qualificação. "Considero tão insignificante o trabalho dele [Sanguinetti], que ele não foi chamado nem pelo advogado da defesa [Roberto Podval] para ser testemunha [no julgamento do casal].”

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1 comentários:

  1. É muita besteira para o meu gosto.
    Tomara que ninguém compre esse livro.

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