Presidente dos EUA teria garantido que Maduro, a mulher
dele, Cilia Flores, e o filho do casal poderiam partir para o exílio
O presidente dos Estados
Unidos, Donald
Trump, pediu que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro,
deixasse o país imediatamente em uma ligação
entre os dois líderes, de acordo com informações do jornal
americano Miami Herald.
A ligação, que ocorreu na semana passada, foi intermediada
por Brasil, Catar e Turquia. Durante a conversa, Trump foi direto ao ponto e
garantiu que Maduro, a mulher dele, Cilia Flores, e o filho do casal poderiam
partir para o exílio, mas ele teria que renunciar e permitir o retorno da
democracia no país.
De acordo com o jornal da Flórida, a ligação foi vista como
o último esforço de evitar um confronto direto entre Caracas e Washington.
A conversa ocorreu em meio a sinais crescentes de que o
governo Trump está preparando operações militares dentro da Venezuela.
Washington denominou o Cartel de los Soles como uma organização terrorista e
acusou Maduro de liderar o esquema.
Na quinta-feira (27), Trump afirmou que os esforços contra
traficantes de drogas venezuelanos “por terra” começarão “muito em breve”, o
que aumentou ainda mais as tensões com Caracas, que alega que a campanha
antidrogas americana tem como objetivo, na verdade, a derrubada do ditador
Nicolás Maduro.
“Quase paramos [o narcotráfico]. Cerca de 85% do trânsito
por via marítima foi interrompido”, disse Trump em uma videochamada de Ação de
Graças para as tropas americanas de sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.
Negociação
Segundo o Miami Herald, as conversas não foram
para frente por causa de três pontos-chave que Caracas e Washington não
conseguiram concordar.
Primeiro, Maduro pediu “anistia global” por quaisquer crimes
que ele e seu grupo político tenham cometido. Trump rejeitou a proposta.
Depois, o regime chavista sugeriu que poderia permitir
eleições livres na Venezuela em troca de reter o controle das Forças Armadas do
país. Washington também negou.
Por fim, as partes discordaram sobre o prazo para a saída de
Maduro do poder. Trump queria que o ditador partisse para o exílio
imediatamente, mas ele teria recusado.
Vários países foram ventilados como possíveis locais de
exílio para Maduro, como Cuba, Irã, Rússia e Turquia.
Fechamento do espaço aéreo
Depois da conversa com Maduro, Trump anunciou, no sábado
(29), que companhias aéreas e pilotos deveriam considerar o espaço aéreo da
Venezuela totalmente fechado. O aviso foi feito em uma publicação na rede
social Truth Social.
“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de
drogas e traficantes de pessoas, por favor considerem o fechamento completo do
espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela. Obrigado pela atenção a este
assunto!”, escreveu Trump.
Segundo o Miami Herald, o regime chavista tentou
organizar outra ligação com Washington depois do anúncio de Trump, mas não
obteve resposta.
Ligação
A ligação entre Trump e Maduro foi noticiada pelo jornal
americano The New York Times na sexta-feira (28). No domingo
(30), o republicano confirmou a conversa a repórteres a bordo do Air Force One
durante uma viagem de retorno a Washington depois de passar o feriado do Dia de
Ação de Graças na Flórida.
“Eu não quero comentar sobre isso. A resposta é sim”,
afirmou ele à imprensa, segundo informações da CNN. “Não diria que [a ligação]
foi bem ou mal. Foi apenas uma chamada telefônica”, completou, ainda de acordo
com a rede de televisão.
O jornal informou que o secretário de Estado dos EUA, Marco
Rubio, um dos principais críticos do regime ditatorial de Maduro, também
participou da chamada.
R7

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