Esquerdista deixou o poder em 8 de novembro; sua saída
marcou o fim de 20 anos de governos socialistas iniciados por Morales
O ex-presidente da Bolívia, Luis Arce foi
preso nesta quarta-feira (10) em La Paz e conduzido às instalações da polícia
por um suposto caso de corrupção quando era ministro do ex-mandatário Evo
Morales (2006-2019). “Quero parabenizar os efetivos da força especial de luta
contra o crime da Divisão Anticorrupção da cidade de La Paz por terem
apreendido, cumprindo uma resolução de apreensão emanada por uma autoridade
fiscal contra o ex-presidente Luis Arce”, disse Edman Lara, vice-presidente da
Bolívia, em um vídeo que postou em sua conta no TikTok.
“Dissemos em uma oportunidade; Luis Arce será o primeiro a
ser preso e estamos cumprindo. Todos os que roubaram esta pátria vão devolver
até o último centavo e prestar contas à justiça”, sublinhou ele. A prisão
de Arce (2020-2025) abre um novo capítulo de incerteza na política boliviana
apenas um mês depois da chegada ao poder do conservador Rodrigo Paz, que pôs
fim a 20 anos de mandatos socialistas.
Arce deixou o poder em 8 de novembro. Sua saída marcou o fim
de 20 anos de governos socialistas iniciados por Morales. Quando era ministro
da Economia no governo Morales, Arce autorizou transferências do tesouro
público para contas pessoais de líderes camponeses, segundo a denúncia que
motivou sua detenção.
Uma das beneficiadas foi a ex-deputada de esquerda Lidia
Patty, que foi detida na semana passada e revelou, durante interrogatório, que
a transferência foi avalizada pelo então ministro da Economia. Ela recebeu
cerca de 100 mil dólares (cerca de 542 mil reais na cotação atual) para um
projeto de cultivo de tomates.
Com informações da AFP

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