O governo brasileiro ainda não confirmou oficialmente o encontro, uma vez que o anúncio também não foi feito pela Casa Branca. EFE/EPA/ALLISON ROBBERT / POOL
Estratégia de Brasília é aguardar
que o presidente americano apresente suas demandas antes de colocar suas
próprias propostas sobre a mesa
O presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump,
demonstrou interesse em se reunir com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva,
em um encontro que pode ocorrer durante a cúpula da Associação das Nações do
Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, segundo a imprensa americana, que cita
anonimamente um funcionário da Casa Branca. A reunião deve acontecer no início
da manhã de domingo, pelo horário de Brasília. Um funcionário da Casa Branca
informou à Reuters que havia “discussões sobre a possibilidade de facilitar tal
encontro” na Malásia, após uma ligação telefônica recente entre Lula e Trump.
Na segunda-feira, 20, o Itamaraty havia adiantado que a reunião poderia ocorrer
no domingo. Autoridades atualmente discutem a realização da reunião entre os
dois no país asiático, informa a mídia dos EUA.
O governo brasileiro ainda não
confirmou oficialmente o encontro, uma vez que o anúncio também não foi feito
pela Casa Branca. De acordo com a Bloomberg, a estratégia de Brasília é
aguardar que Trump apresente suas demandas antes de colocar suas próprias propostas
sobre a mesa, conforme duas fontes com conhecimento direto das discussões.
Os dois presidentes estarão no
país para participar da 47ª Cúpula da Asean, e o local foi considerado adequado
por ambos os lados por ser “neutro”. Lula e Trump se encontraram pessoalmente
pela primeira vez durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, de forma
breve. Em seguida, conversaram por telefone, ocasião em que Lula teria pedido a
Trump que revisse a sobretarifa de 40% sobre determinados produtos brasileiros.
Além do tema tarifário, também
deve entrar na pauta a escalada das tensões entre os Estados Unidos e dois
países da América Latina – Venezuela e Colômbia. A diplomacia brasileira
pretende atuar com cautela nesse encontro, sem expectativa de soluções imediatas.
Está claro, porém, que não serão discutidos assuntos relacionados à política
interna do Brasil.
Jovem Pan

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