O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, renovou as críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e cobrou do governo brasileiro que tome medidas para contê-lo. Em mensagens publicadas nas redes sociais nesta quinta-feira (17), Landau afirmou que a atuação do ministro está colocando em risco as relações bilaterais entre os dois países.
“Os Estados Unidos continuam
aguardando que o Brasil contenha o juiz fora de controle Moraes antes que ele
destrua completamente a relação que nossos grandes países desfrutam há mais de
dois séculos”, afirmou Landau em sua conta no X.
Segundo o número dois do
Departamento de Estado americano, o Brasil estaria permitindo que Moraes abuse do
processo judicial e persiga uma agenda “abertamente política”. Landau concluiu
que “Os Estados Unidos não permitirão que o juiz Moraes estenda seu regime de
censura ao nosso território”.
Em outro tuíte, Landau se referiu
a uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo que sugeria que a condenação do
ex-presidente Jair Bolsonaro poderia ser agravada. Ele chamou o processo de
“farsa política” e disse que a punição de um réu não pode ser aumentada devido
à reação de terceiros.
“Se esta reportagem for precisa, apenas
confirma que todo o processo ‘judicial’ em andamento no Brasil é uma farsa
política. Aqueles que afirmam seguir o Estado de Direito não podem aumentar a
punição de um réu em função da resposta de terceiros à sua decisão. Como @POTUS
@realDonaldTrump e @SecRubio enfatizaram, os Estados Unidos responderão
adequadamente a essa caça às bruxas política e não serão dissuadidos por
ameaças judiciais.”
Esta não é a primeira vez que
Christopher Landau tece críticas a Alexandre de Moraes. Após a condenação de
Bolsonaro pelo STF, o vice-secretário já havia afirmado que o ministro
“desmantelou o Estado de direito” e levou a relação entre os países ao “ponto
mais sombrio em dois séculos”. Landau também já indicou a empresários brasileiros
que o Brasil é o único país que não terá uma solução técnica para as tarifas
impostas pelo governo Trump.
JP
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