Trump está aberto à possibilidade de conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, embora o planejamento oficial, por enquanto, mantenha o formato de uma cúpula bilateral. Brendan Smialowski/AFP
Encontro entre líderes dos EUA e
da Rússia foi criticado pelo presidente ucraniano, que afirmou que a reunião
aconteceria em um lugar ‘muito longe da guerra’
A Casa Branca informou que Donald Trump está
aberto à possibilidade de conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky,
embora o planejamento oficial, por enquanto, mantenha o formato de uma cúpula
bilateral. Fontes americanas afirmam que a presença de Zelensky é
“absolutamente possível” e que há esperança de que ele participe, mas que
qualquer evento com o líder ucraniano provavelmente ocorreria após a conversa
entre Trump e Putin.
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A possibilidade de um encontro a
três está sendo considerada, mas ainda não há confirmação oficial. A
iniciativa para a cúpula no Alasca representa uma mudança na abordagem da diplomacia
americana, que anteriormente condicionava uma reunião entre Trump e Putin a um
encontro prévio entre o líder russo e Zelensky.
A notícia da cúpula gerou reações
imediatas. O presidente Zelensky criticou a realização do encontro em um lugar
“muito longe da guerra” e sem a participação inicial da Ucrânia, reforçando que o
conflito não pode ser resolvido sem o envolvimento ucraniano. Em uma
declaração contundente, Zelensky afirmou que “os ucranianos não entregarão sua
terra ao ocupante”.
Líderes europeus, incluindo os da
França, Itália, Alemanha, Polônia, Reino Unido e da Comissão Europeia,
divulgaram uma declaração conjunta, ecoando a posição de Kiev. Eles afirmam que
“o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia”.
Especula-se que as negociações
possam envolver uma proposta de “troca de territórios”. Trump mencionou
que um acordo de paz poderia incluir “trocas de território para o bem de
ambos”, uma posição que gerou preocupação entre os aliados europeus e foi
rechaçada por Zelensky. Fontes indicam que uma das propostas em discussão
poderia envolver a cessão de território no leste da Ucrânia em troca de um
cessar-fogo, mantendo a Rússia no controle sobre áreas já ocupadas.
A diplomacia em torno da cúpula
do Alasca é vista como complexa e imprevisível, refletindo a “dança
diplomática” da administração Trump. A reunião é considerada uma aposta de
alto risco para o presidente americano, que prometeu um fim rápido para a
guerra. O encontro ocorre após uma visita do enviado especial de Trump,
Steve Witkoff, a Moscou, onde se reuniu com Putin.
JP

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