Camisa da "Tropa do Gorilão": traficante era o principal nome do Comando Vermelho na região serrana, aponta investigação. — Foto: Reprodução
O criminoso Carlos Eduardo Santos
da Silva, conhecido como Gorila, era procurado pelos crimes de homicídio,
tortura, organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Investigações da Polícia Civil
indicam que o traficante Carlos Eduardo Santos da Silva, preso
em um motel na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense, comandava o tráfico de drogas do Comando Vermelho na Região Serrana
e tinha mais de 40 anotações criminais.
O criminoso, conhecido como
Gorila, era procurado pelos crimes de homicídio, tortura, organização
criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
O g1 apurou ainda que a 110ª DP (Teresópolis)
interceptou ligações que, segundo investigadores, mostram que Carlos Eduardo
tinha influência sobre as cargas de drogas que chegavam até municípios como Além
Paraíba e Teófilo Otoni, já em Minas Gerais, que ficam próximos de
Teresópolis.
Ainda de acordo com policiais que
investigam os casos, ele também deu ordens para torturar moradores de
comunidades de Teresópolis e ordenou que traficantes abrissem fogo contra
as forças de segurança que entrassem nas favelas dominadas pelo Comando
Vermelho na região.
A polícia estima que mais
de 30 pessoas foram assassinadas em meio a disputas territoriais em
Teresópolis comandadas por Gorila.
Em 2024, uma das investigações
apontava que o tráfico da comunidade das Paineiras, em Teresópolis, possuía
ramificações nas comunidades Quinta Lebrão, onde o traficante vivia, e Vila
Sapê, em Magé, também na Baixada.
As cargas de drogas que chegavam
ao município, segundo a polícia, vêm do Complexo do Alemão, na Zona Norte do
Rio. Segundo investigadores ouvidos pelo g1, ele ficava escondido no Complexo
da Penha, dominado pela mesma facção criminosa, e pouco ia à região serrana.
Em 2025, Carlos Eduardo foi
indiciado pela 110ª DP (Teresópolis) e denunciado pelo Ministério Público como
mandante de um duplo homicídio.
Alan Douglas Charles da Silva e Ana
Quécia Souza Pereira foram mortos em um ponto de ônibus por dois criminosos que
teriam agido a mando de Carlos Eduardo e Anderson de Almeida Jesus, conhecido
como 2A.
Quarto de luxo
O criminoso estava com a namorada
no momento da prisão. A suíte onde ele se hospedava tinha até piscina. Ao abrir
a porta, Gorila recebeu voz de prisão.
Com ele, foram apreendidos joias,
um aparelho celular e dois relógios de luxo. Uma das jóias tinha a seguinte
inscrição: "Lealdade, Gorilão"
Chefe do tráfico é preso em suíte
de luxo de motel na Baixada Fluminense
Outros dois homens foram presos
na operação no complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Lucas da Silva Ribeiro,
identificado como gerente do tráfico na Mangueirinha, também foi preso. Outro
preso é Sandro Wallace, contra quem havia um mandado de prisão em aberto.
Por Henrique Coelho, g1 Rio




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