Para ampliar a cobertura vacinal,
o Ministério da Saúde destinou R$ 6,8 milhões ao Programa Saúde na Escola no
estado. Neste ano, 73,9% dos municípios fluminenses realizaram vacinação nas
escolas
Com mais de um milhão de doses
aplicadas nas escolas de 4,1 mil municípios, o Brasil avança na cobertura
vacinal de crianças e adolescentes. No Rio de
Janeiro, 29 mil foram aplicadas em 73,9% dos municípios do
estado. O balanço referente ao primeiro semestre de 2025, divulgado nesta
quarta-feira (16) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, faz parte das
ações do Programa Saúde na Escola (PSE), que promove vacinação de
estudantes de até 15 anos no ambiente escolar. Pela primeira vez, a iniciativa,
realizada anualmente pelos ministérios da Saúde e da Educação, registra dados
com recorte das doses de vacinas aplicadas no espaço educacional, o que
representa uma inovação no acompanhamento vacinal.
O Saúde na Escola teve uma adesão
histórica no ciclo 2023/2024, alcançando 5.544 cidades, o que representa 99% do
total no Brasil. No Rio de Janeiro, todos os 92 municípios
aderiram ao programa. Para fortalecer suas ações, o Ministério da Saúde
repassou R$ 150 milhões a estados e municípios, com foco na ampliação da
cobertura vacinal, redução de doenças imunopreveníveis, além de ações de
combate à desinformação e conscientização. Desse total,
R$ 6,8 milhões serão destinados aos municípios fluminenses. A
previsão é que mais de 1,7 milhão de alunos sejam contemplados pelo PSE no
estado.
A mobilização nacional deste ano,
realizada dentro das escolas, alavancou a aplicação de doses no país. Em abril,
foram registradas 212,1 mil doses aplicadas em crianças e adolescentes, ou
seja, 10 vezes mais que as realizadas no mês anterior (20,6 mil). Já o mês de
maio responde pelo pico de 583,7 mil doses, o que representa mais de 25 vezes
em relação a março.
“Estamos mostrando que já
começamos a recuperar esse grande esforço de salvar vidas no Brasil, por meio
do nosso Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ultrapassamos um milhão de crianças
vacinadas nas escolas. Além disso, das 16 vacinas do calendário nacional,
tivemos aumento em 15 e apenas uma manteve-se estável. Até o final do ano,
continuaremos intensificando nossas ações de vacinação”, destacou o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha.
Vinte e cinco tipos de vacinas do
calendário nacional - como HPV, BCG, Covid-19, dengue, febre amarela, meningite, influenza, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e outras doenças imunopreveníveis - já foram
aplicadas em ambiente escolar em estudantes de 4,1 mil municípios, ou seja, 74%
das cidades brasileiras.
“Em nome da Unicef, parabenizo o
Ministério da Saúde pelos avanços na imunização de crianças e adolescentes no
Brasil. Sem sombra de dúvida, o país é uma referência mundial. Como foi
apresentado aqui, o Brasil já alcançou a meta de cobertura de
alguns imunizantes importantes para a infância e a adolescência.
Parabenizo, também, pelas estratégias utilizadas, não apenas pelo
microplanejamento, mas por todo o esforço de envolver a educação junto com a
saúde”, afirmou a chefe de Saúde e Nutrição da Unicef no Brasil, Luciana Phebo.
Avanços na cobertura vacinal
no Brasil
O avanço da vacinação entre
crianças e adolescentes também se reflete fora do ambiente escolar.
Em 2025, o Brasil registrou
aumento na cobertura de 15 das 16 vacinas do calendário nacional, revertendo o
cenário de queda desde 2016. Esse progresso foi possível graças à retomada
do Programa Nacional de Imunizações (PNI), às grandes
mobilizações nacionais - como o Dia D - e à garantia do abastecimento de
imunizantes em todo o país.
O aumento da cobertura das 15
vacinas se refere ao primeiro quadrimestre de 2025 na comparação ao mesmo
período de 2024:
- Tríplice Viral D1: de 86,59% para 91,86%
- Pneumo10 (1º reforço): de 80,66% para 89,13%
- Meningocócica C (1º reforço): de 72,50% para
88,35%
- BCG: de 63,59% para 88,29%
- Pneumo10 (dose inicial): de 79,65% para
85,93%
- Hepatite B (<30): de 63,50% para 84,93%
- Meningo C: de 69,72% para 84,31%
- Penta: de 82,37% para 84,22%
- Rotavírus: 79,20% para 82,34%
- VOPb: de 74,14% para 79,34%
- Febre Amarela: 72,59% para 78,88%
- Hepatite A: de 71,75% para 78,17%
- DTP (1º reforço): de 74,49% para 81,97%
- Tríplice Viral (dose de reforço): de 61,62% para
72,89%
- Varicela: de 64,12% para 67,5%
Vale destacar que, no ano
passado, o Brasil recebeu a certificação de eliminação do sarampo como
problema de saúde pública (título perdido em 2019) em vista desses avanços,
especialmente da vacina tríplice viral, que ultrapassou a meta de 95% de
cobertura nacional em 2024, considerando todo o ano.
Vacinação contra HPV também
avança no Brasil
O Brasil ampliou a vacinação
contra HPV na população entre 9 e 14 anos. Em meninas, a cobertura aumentou
para 82,77% em 2024 na comparação com 78,38% em 2022. Já nos meninos, esse
percentual foi ampliado para 67,21% em 2024 contra 45,43% em 2022.
“Vocês estão aqui, vivos, sem
paralisia infantil e muitos sem nunca terem tido sarampo porque, um dia, seu
pai ou sua mãe levou você para vacinar, enfrentando, muitas vezes, situações
muito mais difíceis para isso”, afirmou Padilha, ao reforçar a importância do papel
dos pais, das mães e dos responsáveis na vacinação dos filhos.
Também contribuíram para o avanço
da vacinação e da qualificação dos dados no país as ações de
vacinação microplanejadas e adaptadas à realidade de cada região, o
combate à desinformação e as melhorias nos sistemas de informação e no registro
das doses.
Ministério da Saúde

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