Parlamentares articulam adiamento
da validade da tarifa a produtos brasileiros
O grupo de oito senadores
brasileiros que está nos EUA para tratar sobre a tarifa
de 50% imposta a produtos nacionais iniciou, nesta segunda-feira
(28), uma articulação com o setor privado americano para pedir a prorrogação do
prazo para o início das tarifas, previsto para entrar em vigor
em 1° de agosto.
“Foi sugerido um manifesto, uma
carta, solicitando a prorrogação desse caso, até porque a classe empresarial
precisa de previsibilidade para se adequar, principalmente no caso de produtos
perecíveis”, afirmou o líder do grupo, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), em
entrevista a jornalistas.
Nesta tarde, os parlamentares se
reuniram com representantes da U.S. Chamber of Commerce e de outras empresas
norte-americanas, como Cargill, Caterpillar, ExxonMobil, Shell, Dow Chemical,
Merck, S&P Global, Johnson & Johnson, IBM, DHL, Kimberly-Clark, entre
outras.
O encontro, articulado pelo
Brazil-U.S. Business Council, também contou com a presença da embaixadora Maria
Luiza Viotti e integrantes da missão diplomática brasileira.
A ideia dos parlamentares brasileiros
é que, enquanto a validade da tarifa é adiada, a diplomacia siga construindo
alternativas, a exemplo da diminuição do percentual.
Integrante da comitiva, o senador
Carlos Viana (Podemos-MG) disse que também foi solicitado à Câmara de Comércio
que intermedeie uma conversa entre os presidentes dos EUA e Brasil Donald Trump
e Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente, focando na retomada do diálogo.
Durante a reunião, empresários
defenderam gestos concretos do Brasil e citaram como exemplo o acordo recente
entre EUA e União Europeia.
A missão oficial dos
parlamentares brasileiros segue até quarta-feira (30) e busca abrir canais de
diálogo entre os dois países, a fim de reduzir tensões. As negociações
relativas à tarifa de 50% continuam sob responsabilidade do governo federal.
Na esfera diplomática, o Brasil
tenta negociar a redução do percentual da tarifa, sem avanços concretos. A
última alternativa seria acionar a Lei de Reciprocidade Econômica, com o risco
de a taxação norte-americana dobrar, alcançando 100%.
Autoridades brasileiras vêm
criticando a ausência de diálogo com os norte-americanos, argumentando que o
país permanece disposto à negociação.
R7

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