Temperaturas mais baixas e tempo
instável aumentam os riscos para entregadores de delivery na capital fluminense
Rio - O inverno de 2025 tem
sido particularmente desafiador para os motoboys que circulam pelas ruas do Rio
de Janeiro. Além das frentes frias típicas da estação, a cidade vem registrando
um aumento significativo na frequência e intensidade das chuvas, o que cria um
cenário de maior risco para os profissionais que trabalham com entregas por
aplicativo.
Para o entregador de delivery
Lucas Helmold, o frio e a chuva têm sido motivos significativos para
pensar duas vezes em sair de casa. Os horários de maior número de entregas, que
são à noite, vêm sendo quase que uma tortura para o trabalhador.
"Esse frio está realmente
machucando quem precisa trabalhar na rua. Ainda mais com chuva eu tenho tentado
encurtar a o tempo que fico na rua e sair nas horas boas para entregas. Tá
difícil mesmo de sair de casa. Para incentivar os entregadores as empresas que
realizam esses serviços podiam aumentar as taxas de entrega", diz o
motoboy.
As baixas temperaturas
registradas neste inverno, que em algumas regiões da cidade ficaram abaixo de
14 °C, aumentam a vulnerabilidade de profissionais expostos por longos períodos
ao tempo. A exposição prolongada ao frio e à umidade contribui para o
surgimento de doenças respiratórias, como gripes e resfriados. A Secretaria
Municipal de Saúde reforça que trabalhadores de áreas externas devem, sempre
que possível, utilizar roupas adequadas e impermeáveis e manter o corpo
aquecido para evitar complicações de saúde.
Mesmo diante das adversidades do
clima, os serviços de entrega seguem em plena atividade durante o inverno. Com
o aumento das solicitações por aplicativos em dias frios e chuvosos, os
motoboys continuam garantindo o funcionamento de uma cadeia essencial para a
rotina urbana do Rio de Janeiro.
"A gente tem que trabalhar
né, não tem jeito. Enquanto tiver entrega pra fazer eu vou continuar na rua. As
vezes eu levo duas ou três mudas de roupa na bag pra evitar de ficar molhado.
Até uma roupa impermeável extra eu carrego. Não dá pra ficar parado, porque se
não as contas não fecham depois", revelou o entregador Saimon Douglas.
O Dia

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