Dados do primeiro trimestre deste ano trazem ainda Araruama, Cabo Frio e Angra dos Reis entre as cinco cidades com maiores índices;
Energia furtada nos três primeiros meses do ano nas oito cidades com
mais casos seria capaz de abastecer Niterói, São Gonçalo, Campos dos Goytacazes
e Macaé por um ano;
Áreas de risco são responsáveis por 59% do total de perdas não técnicas
registradas pela distribuidora.
Os municípios de Duque de
Caxias e São Gonçalo lideraram o ranking de furto de energia entre as 66
cidades da área de concessão da Enel Distribuição Rio. No primeiro trimestre
deste ano, as localidades registraram, respectivamente, 34,35% e 31,53% de
perdas não técnicas de energia, o que significa que mais de 30% de toda a
energia distribuída pela empresa nessas duas cidades foi perdida,
principalmente por causa das ligações irregulares. Os municípios de Araruama
(22,36%), Cabo Frio (21,47%), Angra dos Reis (18,51%), Niterói (17,95%), Campos
dos Goytacazes (14,76%) e Macaé (8,22%) completam o ranking de furto de energia
nos três primeiros meses do ano.
O combate a esse tipo de crime é
um dos principais desafios que a Enel Rio enfrenta. Hoje, 17% das unidades
consumidoras atendidas pela distribuidora estão concentradas em áreas de severa
restrição operacional. Essas áreas de risco são responsáveis por 59% do total
de perdas não técnicas registradas pela empresa. Somente de janeiro a março
deste ano, o volume de energia furtado apenas nas oito primeiras cidades do
ranking seria suficiente para abastecer os municípios de Niterói, São Gonçalo,
Campos e Macaé juntos por um ano - o que representa um universo de cerca de 870
mil clientes com um consumo médio de 240 kWh por unidade consumidora.
Até o fim de março, foram
realizadas cerca de 50.700 inspeções na rede elétrica para coibir o furto na
área de concessão da empresa. Em parceria com as autoridades policiais, foram
lavrados 68 Relatórios de Ocorrência junto à Polícia Civil, com 42 pessoas
detidas em flagrante.
“Intensificamos a parceria com as
autoridades de Segurança Pública no combate ao furto de energia, mas ainda há
áreas em que somos impedidos de entrar. Nos últimos 20 anos, entre 2004 e 2024,
registramos um crescimento de 541% de unidades consumidoras em áreas de risco,
ou seja, em locais em que não podemos atuar. Nessas localidades, a empresa fica
impedida de realizar manutenções preventivas, ações de combate ao furto e
reparos na rede", afirma José Luis Salas, Diretor de Redes da Enel Rio.
Furto de energia é crime
A concessionária alerta que
fraudes e furtos são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de
um a oito anos de detenção. A distribuidora também cobra os valores retroativos
referentes ao período em que ocorreu a irregularidade, acrescida de multa, de
quem praticou as fraudes. Cometem crime tanto as pessoas que executam
fisicamente a fraude nas instalações quanto os titulares das contas de
energia.
Além de crime, as fraudes e
furtos comprometem a qualidade do serviço prestado, o que prejudica todos os
consumidores da concessionária com maior número de interrupções e, por vezes,
dificultando o retorno da energia elétrica. As ligações clandestinas
sobrecarregam as redes, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às
interrupções no fornecimento de energia.
Quem adota a prática popularmente
conhecida como “gato” põe em risco a sua vida e da população. Pessoas não habilitadas
que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede
elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.
Para denunciar o furto de energia, basta acessar o site da Enel em https://www.eneldistribuicao.com.br/rj/denuncie.aspx,
o aplicativo Enel Rio ou ligar para 0800 280 0120. Não é necessário se
identificar.

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