Os participantes disseram ao
ministro, relator do caso no Supremo, que ‘preferiam aguardar a decisão
judicial’ sobre o tema; Moraes determinou que o processo fosse encaminhado para
que ele decida sobre o assunto
A audiência de conciliação no
Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) terminou sem um acordo e
caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, dar uma decisão
com base nos argumentos apresentados por todos as partes do processo.
Os participantes disseram a
Moraes na reunião que “preferiam aguardar a decisão judicial” sobre o tema. O
advogado-geral da União, Jorge Messias, e o advogado que representa o PSOL –
autor de uma das ações sobre o tema – indicaram a Moraes que a “decisão
judicial seria o melhor caminho para dirimir o conflito”.
As indicações constam da ata da
audiência de conciliação, juntada aos autos dos processos que tratam do IOF no
STF. O documento indica ainda que, após as colocações dos presentes, Moraes
determinou que os autos fossem conclusos para decisão – ou seja, que o processo
fosse encaminhado para que ele decida sobre o tema.
Segundo a ata, Moraes deu início
à audiência fazendo um “breve relato” da situação processual e dos “pontos
controvertidos”. Em seguida, se manifestaram a advogada-geral do Senado, a
advocacia da Câmara dos Deputados e o AGU. De acordo com o documento, todas as
partes reiteraram as manifestações escritas que já haviam juntado aos autos –
ou seja, defendendo, dos respectivos lados, os decretos do Executivo sobre o
IOF e o decreto legislativo que derrubou as medidas do Planalto.
Ainda de acordo com a ata, após
tais indicações, Moraes perguntou às partes se seriam possíveis “concessões
recíprocas que pudessem resultar na conciliação”. Daí vieram as respostas no
sentido de que os presentes preferiam aguardar a decisão do ministro – ou seja,
não houve acordo. A ata indica ainda que a advogada-geral do Senado, Gabrielle
Pereira, chegou a pedir um maior prazo para a continuidade das negociações, com
a manutenção da decisão provisória já proferida por Moraes – suspendendo todos
os decretos sobre o tema.
Veja a lista de participantes
da reunião:
Advocacia-Geral da União
– Jorge Messias, advogado-geral
da União
– Paulo Mendes, advogado da União adjunto
– Marga Bezerra David, secretária-geral de Contencioso substituta
Procuradoria-Geral da
República
– Ubiratan Cazetta
– Nathalia Geraldo Di Santo
Ministério da Fazenda
– Fábio Terra, assessor especial
da secretaria-executiva
– Raquel Godoy, secretária-adjunta
– Flávia Renó, chefe de gabinete da secretaria-executiva
Câmara dos Deputados
– Jules Michelet Pereira Queiroz
e Silva, advogado-geral da Câmara dos Deputados
Senado Federal
– Gabrielle Tatith Pereira,
advogada-geral do Senado
Partido Liberal (PL)
– Marcelo Luiz Ávila de Bessa,
advogado do partido
Partido Socialismo e Liberdade
(Psol)
– Raphael Sodré Cittadino,
advogado do partido
– Bruna de Freitas Amaral, advogada do partido
JP

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