Maioria dos partidos acredita que
o projeto precisa ser mais debatido para evitar uma anistia ampla e sem
restrições; apenas o PL (partido de Jair Bolsonaro) e o Novo foram favoráveis a
acelerar o processo
O presidente da Câmara dos
Deputados, Hugo Motta,
decidiu que não irá incluir na pauta da próxima semana o requerimento de
urgência para o projeto que propõe a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de
janeiro de 2023. Essa proposta, que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro,
enfrenta resistência da maioria dos partidos, com exceção do PL e do Novo, que
apoiam a aceleração do processo. “Líderes que representam mais de 400
parlamentares da Casa decidiram que o tema não deveria entrar na pauta da
próxima semana. Isso não está dizendo que não seguiremos dialogando para a
busca de uma solução para o tema”, disse Motta, após reunião.
Embora o PL tenha conseguido reunir
264 assinaturas para o requerimento de urgência, a maioria dos partidos
acredita que o projeto precisa ser mais debatido para evitar uma anistia ampla
e sem restrições. Em resposta ao adiamento, a oposição planeja obstruir as
votações nas comissões e no plenário, demonstrando seu descontentamento com a
situação.
Hugo Motta sugeriu que o
ex-presidente Bolsonaro desenvolvesse uma nova versão do projeto, que poderia
moderar as penas, mas ainda assim manter punições para aqueles que cometeram
atos de vandalismo contra o patrimônio público. Enquanto isso, o Supremo
Tribunal Federal deve avançar nas discussões sobre a dosimetria das penas para
os condenados pelos ataques.
A proposta em questão, elaborada
pelo deputado Rodrigo Valadares, busca anistiar crimes relacionados a
manifestações políticas desde o segundo turno das eleições de 2022. Essa
iniciativa gerou controvérsias entre juristas, que divergem sobre sua
aplicabilidade. O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, mencionou que a
oposição possui um esboço de proposta mais restrita, focada exclusivamente nos
eventos de 8 de janeiro, mas aguarda a aprovação do requerimento de urgência
para avançar.
JP
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