Preso, deputado é apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco
A possível cassação do deputado
federal Chiquinho
Brazão (sem partido-RJ) foi mencionada entre os diversos assuntos
abordados na reunião dos líderes partidários da Câmara dos Deputados desta
quarta-feira (5). O parlamentar está preso desde 18 março, após ser apontado
como um dos mandantes do assassinato
da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
De acordo com relatos ouvidos
pelo R7, a avaliação dos líderes é que o processo não deve se
estender mais e que a Câmara deve dar uma resposta em breve. Apesar de não ter
data para ser pautado, o processo de cassação deve ser analisado em breve
conforme a avaliação de alguns líderes.
O parlamentar é réu no STF
(Supremo Tribunal Federal) e aguarda julgamento. O crime aconteceu em 2018.
Marielle foi morta a tiros junto ao motorista Anderson Gomes, no Rio de
Janeiro. Em agosto de 2024, o Conselho de Ética da Câmara aprovou a cassação de
Brazão e a decisão final ainda aguarda o aval no plenário da Casa.
Entenda
O deputado virou réu pelo
assassinato de Marielle depois de ter sido preso de forma preventiva em março
pela Polícia Federal após ser apontado como um dos mandantes do crime.
O processo de cassação dele tem
parecer favorável da relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES). Caso o processo
seja colocado em votação, bastam os votos favoráveis da maioria simples dos
deputados presentes no plenário para que o mandato do parlamentar seja cassado.
Chiquinho Brazão e o irmão dele,
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro
(TCE-RJ), são apontados pela Polícia Federal como mandantes dos assassinatos da
vereadora e do motorista dela, ocorridos em março de 2018.
Segundo a PF, o crime teria sido
motivado por disputas envolvendo grilagem de terras na zona oeste do Rio de
Janeiro, uma região amplamente dominada por milícias. De acordo com as
investigações, Chiquinho atuava na defesa da regularização de áreas controladas
por grupos milicianos, o que teria levado a conflitos políticos com Marielle,
que questionava essas ações na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Durante as suas defesas no
Conselho de Ética e na CCJ, Chiquinho negou as acusações e afirmou ser
inocente. Ele reiterou que não teve qualquer participação no crime e que sua
prisão é injusta. Apesar disso, as evidências apresentadas pela Polícia Federal
reforçam o envolvimento do parlamentar no planejamento e execução do
assassinato.
do R7, em Brasília
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