Maria Eduarda, de 18 anos, estava com outros dois amigos quando foi atingida na calçada. Giovanna Larrubia segue hospitalizada. Prisão preventiva foi decretada pela Justiça nesta quarta-feira (15) em resposta a pedido do MPRJ.
A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (15), o motorista
suspeito de atropelar
e matar Maria Eduarda Souza Augusto, de 18 anos, que comemorava a formatura no
ensino médio em Armação
dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
A Justiça decretou a prisão preventiva em resposta ao requerimento do
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentado
nesta quarta. O órgão também denunciou Yago da Silva Lima, de 27 anos, que
responderá pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio
qualificado.
O acusado não ofereceu resistência à prisão, que ocorreu no bairro
Guriri, em Cabo Frio.
A Polícia Civil entendeu que houve dolo eventual.
"A gente tem um homicídio doloso, quando quer realmente o resultado.
O dolo eventual é quando você não quer, mas você assume o risco do resultado.
No caso, se você bebe, não necessariamente quer matar alguém, mas se você pega
um veículo embriagado, você assume o risco de matar alguém, isso se chama dolo
eventual", explicou a delegada Renata Monteiro sobre a situação do
motorista.
O g1 tenta contato com a defesa do suspeito.
Yago se apresentou à Delegacia de Polícia na segunda-feira (13), confessou
que dirigia o veículo, que ingeriu bebida alcoólica e que não tinha habilitação
para dirigir. Além de Maria Eduarda, Giovanna Larrubia Contides, também de
18 anos, foi atingida e segue hospitalizada.
Imagens do acidente, que são fortes (vídeo acima), mostram as
vítimas e outro amigo caminhando de mãos dadas na calçada da Avenida José Bento
Ribeiro Dantas. Em determinado momento, o grupo é surpreendido pelo veículo, às
04h52 do último domingo (12), na altura do bairro Vila Caranga.
O vídeo mostra o motorista descendo do carro, se aproximando da vítima,
que está caída ao chão, e, após verificar a falta de reação de Maria Eduarda,
saiu do local sem prestar socorro.
"Vale ressaltar que dirigir embriagado é crime. A pessoa que se
embriaga e depois dirige, ela assume o risco do resultado. O autor, o Yago, foi
ouvido em sede policial, ele assumiu ter ingerido bebida alcoólica antes de
dirigir, ter dormido uma hora apenas e depois ter dirigido", alertou a
delegada.
O pedido de prisão preventiva, feito pela promotora de Justiça Renata
Mello Chagas, ocorreu depois que a Justiça indeferiu o pedido de prisão
temporária do motorista na segunda-feira (13), alegando "falta de
demonstração de novos fatos a serem investigados" e a "colaboração
espontânea do autor do fato com o esclarecimento das circunstâncias do
crime".
No novo documento, a promotora detalhou a cronologia do fato e defendeu
que o denunciado assumiu a direção do veículo "agindo de forma livre,
consciente e voluntária, aceitando e assumindo o risco de produzir o resultado
morte".
"A prisão foi fundamentada na extrema gravidade e crueldade do fato
por ele praticado. Por ter atropelado as vítimas de forma extremamente
violenta, por cima da calçada, e ter deixado as vítimas agonizando na via no
meio da madrugada, sem prestar qualquer socorro a elas, de forma que a manutenção
do acusado em liberdade seria verdadeira revitimização dos familiares, da
vítima fatal, e da vítima sobrevivente", disse a promotora Renata Chagas.
Por Ariane Marques, Caio Álex, g1 — Região dos Lagos
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