A partir de fevereiro, aumento do ICMS sobre os combustíveis deve elevar em R$ 0,10 o litro da gasolina e do etanol, e em R$ 0,06 o diesel
Mesmo sem reajuste da Petrobras
desde julho, a gasolina tem aumentando nas bombas com o
impacto do avanço do dólar. Além disso, a partir de 1º de fevereiro, com a alta
do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre
os combustíveis, os preços devem subir em até R$ 0,10 nos postos do país.
Segundo estimativa da Abicom
(Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a gasolina e o etanol
anidro devem aumentar R$ 0,10 por litro, e o óleo diesel, R$ 0,06 por litro.
O preço médio do litro da
gasolina terminou o ano de 2024 em R$ 6,14, um aumento de 9,6% em relação ao
valor cobrado nos postos de combustível do país, em dezembro de 2023, que era
de R$ 5,60. Já o etanol subiu 18% no mesmo período, passando de R$ 3,42 para R$
4,11 o preço médio do litro.
No mesmo período, o diesel foi de
R$ 6,02 para R$ 6,11 o litro, elevação de 1,5%. Os dados são da ANP (Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Já nos primeiros 15 dias de
janeiro, o preço médio do combustível registrou alta de 0,16%, vendido a R$
6,16, na comparação com a primeira quinzena de dezembro, de acordo com dados do
IPTL (Índice de Preços Edenred Ticket Log). O etanol subiu 0,72%, a R$ 4,21. O
preço médio do diesel S10 também teve elevação de 0,32%, passando para R$ 6,22,
o litro.
“A gasolina, que já vinha sendo
negociada por valores elevados no último trimestre de 2024, segue em alta no
início de 2025. Esse movimento também é notado no etanol, com os preços médios
de ambos os combustíveis sofrendo impactos de uma combinação de fatores de
ordem econômica e estrutural”, afirma Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade
da Edenred Brasil.
Ele explica que, entre as
principais causas dessa trajetória, estão as recentes altas do dólar, que
encarecem a importação de combustíveis e insumos, além de custos logísticos,
que variam conforme as distâncias percorridas e as condições de infraestrutura
de cada região.
Além da valorização da moeda
americana, o preço global do barril de petróleo tem pressionado o mercado
também. Dados da Abicom mostram que os preços da Petrobras atingiram o maior
patamar de defasagem em um ano. A diferença da gasolina chegou, nesta
quinta-feira (16), a 16%, e a do diesel, 27%.
A última vez em que a Petrobras
reajustou o preço da gasolina nas refinarias foi em 9 de julho do ano passado.
Enquanto o diesel teve a última alteração em 27 de dezembro de 2023, quando
houve redução.
Inflação
O aumento dos combustíveis por
conta da alta do ICMS, imposto estadual, terá efeito na inflação, que fechou
2024 em 4,83%, estourando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, de
4,5%. E foi justamente a gasolina o subitem que mais pesou na alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), a
inflação oficial do país. Em 12 meses, o combustível subiu 9,71%, variação que
contribuiu diretamente com 0,48 ponto percentual na taxa da inflação.
Um estudo aponta que os gastos
com combustíveis representam mais de 6% da renda média dos
R7
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