Defesa do deputado informou ao
STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o
procedimento de cateterismo, que é invasivo
Preso desde março de 2024, o
deputado federal Chiquinho
Brazão decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal
de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da
vereadora Marielle
Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019. A defesa de Brazão
informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de
recuperação após o procedimento, que é invasivo. “Ele não confia que o presídio
tenha condição de assegurar a sua recuperação”, afirmaram os advogados em
documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes,
que havia autorizado a saída do deputado para o exame. Durante uma visita
familiar na sexta-feira (10), Brazão foi informado sobre a decisão judicial que
permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal.
Segundo a defesa, o deputado se
mostrou irredutível em sua recusa. “Muito receoso e apreensivo com a notícia,
informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso”, argumentaram
os advogados. A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e
que ele teme pela própria vida. “Ele não se sente seguro para realizar o exame
nessas condições”, reforçaram os advogados. O deputado já havia passado por uma
avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais
detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece
cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante
sua recuperação.
Brazão foi diagnosticado com
coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por
intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no
peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de
obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de
um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent – um
tubo minúsculo que mantém as artérias abertas. No final de dezembro, a defesa
de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar,
alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a
gravidade das acusações contra o parlamentar.
A solicitação incluía o uso de
tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas
médicas no Rio de Janeiro Ao conceder a autorização para o exame, Moraes
estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com
antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o
procedimento permanece suspenso.
Por da Redação/JP
*Com informações do Estadão
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Publicado por Matheus Lopes
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