Esse terceiro encontro será
possivelmente o último entre os chefes das duas superpotências antes de Biden
entregar as chaves da Casa Branca de volta a Trump em janeir
O presidente da China, Xi Jinping,
chegou a Lima nesta quinta-feira (14) para se reunir com seu par dos EUA, Joe Biden,
em paralelo a uma cúpula da Ásia-Pacífico dominada pelo nervosismo sobre as
guerras comerciais que Donald Trump poderia
desencadear. Biden e Xi se encontrarão no sábado (16), no encerramento da
reunião anual da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que reúne 21
economias que respondem por 60% do PIB global. A cúpula em Lima teve início
nesta quinta com reuniões ministeriais a portas fechadas e a participação de
representantes do Japão, Coreia do Sul, Canadá, Austrália e Indonésia, entre
outros, segundo os organizadores. O presidente americano também tem previsão de
chegar a Lima nesta quinta (14). Esse terceiro encontro será possivelmente
o último entre os chefes das duas superpotências antes de Biden entregar as
chaves da Casa Branca de volta a Trump em janeiro. A reunião ocorrerá em
meio a tensões devido ao apoio da China à Rússia em sua guerra contra a Ucrânia.
Os dois líderes, que chegaram a
acordos sobre combate às drogas e melhoria da comunicação militar na reunião
anterior em São Francisco, EUA, participarão da cúpula do G20 na próxima
segunda e terça-feira no Brasil. Embora não participe da cúpula, o interesse
gravitará em torno de Trump, o magnata republicano que retorna à presidência
dos EUA após uma vitória esmagadora nas eleições de 5 de novembro, nas quais
seu partido também ganhou o controle do Congresso. “Acho que a única coisa
sobre a qual os líderes da Apec e do G20 estarão falando é sobre o único líder
mundial que não está lá, Donald Trump’, disse Victor Cha, do Centro de Estudos
Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington.
Na quarta-feira, o presidente
eleito nomeou o senador republicano Marco Rubio, defensor de uma postura
linha-dura em relação à China e ao Irã, para chefiar a diplomacia dos EUA.
Criado em 1989, o fórum da Apec defende o comércio sem barreiras, uma agenda que
vai contra a promessa de campanha de Trump de impor tarifas de até 60% sobre as
exportações da China. Sua retórica aumenta os temores de tensões crescentes
entre Washington e Pequim, assim como o PIB da aliança Ásia-Pacífico está
previsto para diminuir de 3,5% em 2024 para 3,1% em 2025. Também membro da
Apec, o México ultrapassou o gigante asiático como o principal parceiro
comercial dos Estados Unidos no ano passado. No entanto, Trump também
ameaçou seu vizinho do sul com tarifas de 25% se ele não reduzir a migração
ilegal e o tráfico de drogas através da vasta fronteira. O republicano
também alertou que poderia impor “uma tarifa geral de 10% a 20% sobre produtos
estrangeiros”, observou a pesquisadora do CSIS, Erin Murphy.
Por Jovem Pan
*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Paula
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!