Na madrugada desta quinta-feira (14), uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Militar no Distrito Federal resultou na descoberta de explosivos em um imóvel localizado em Ceilândia, alugado por Francisco Wanderley Luiz, homem que faleceu em Brasília na noite anterior. As informações foram divulgadas pela Folha de S.Paulo.
O chaveiro e ex-candidato a
vereador pelo PL em Santa Catarina é apontado como responsável pelas explosões
ocorridas nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação, que se estendeu das
2h às 4h30, contou com a participação de agentes da Polícia Federal, Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros. A ação foi iniciada após cães farejadores
detectarem a presença de possíveis explosivos no local.
Moradores da região relataram ao
jornal que a casa foi inicialmente cercada por policiais à paisana por volta
das 22h, pouco após o ataque em Brasília. Viaturas chegaram ao endereço por
volta das 23h, dando início a uma busca preliminar. Após a identificação de
itens suspeitos, o Grupo Especializado em Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia
Federal foi acionado.
A van do GBE chegou ao imóvel às
2h30, e, por volta das 3h, foram realizadas duas explosões controladas, que
geraram uma coluna de fumaça, com o objetivo de neutralizar os artefatos.
O imóvel, parte de um conjunto de
quatro kitnets para aluguel, estava em desordem, com vários objetos espalhados,
conforme relataram os agentes no local. O boletim de ocorrência referente à
explosão no STF mencionava o endereço de Ceilândia como “possível endereço” de
Francisco Wanderley Luiz.
O nome de Francisco Wanderley
Luiz estava associado a um carro carregado de explosivos detonado nas
proximidades da Câmara dos Deputados. Ele também havia feito publicações
recentes nas redes sociais, fazendo referências a explosivos e ataques,
incluindo mensagens ameaçadoras direcionadas à Polícia Federal e a figuras
políticas. Em uma postagem, escreveu: “Polícia Federal, vocês têm 72 horas para
desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”, desafiando as
autoridades.
Durante o ataque, Francisco foi
abordado por um segurança do STF, que testemunhou a sequência dos
acontecimentos. O segurança relatou que Francisco se aproximou da estátua da
Justiça, retirou itens suspeitos de uma mochila e alertou os seguranças para
não se aproximarem. Em seguida, ele lançou artefatos explosivos e, após
deitar-se no chão com um explosivo próximo à cabeça, detonou o dispositivo,
resultando em sua morte.
Gazeta Brasil
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