A presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann utilizou as redes sociais para criticar o atual nível das taxas de juros, que ela classificou como “estratosféricos”, e as medidas em discussão para cortes de gastos públicos. A declaração da petista ocorre na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC),
“As conversas da mídia e seus economistas para
cortar o orçamento público só recaem em cima daquilo que atinge o povo
trabalhador e os pobres: pisos de saúde e educação, reajuste do salário mínimo,
seguro desemprego, abono salarial, BPC…”, disse Gleisi nesta segunda-feira
(4/11). Ela também lamentou: “Nada se fala dos juros estratosféricos, que vem
aumentando a dívida, do sistema tributário injusto e concentrador de renda, das
desonerações bilionárias. Dá uma tristeza!”
Essa semana é crucial tanto para
a política fiscal quanto para a política monetária do Brasil. O ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que as medidas de revisão e cortes de gastos
públicos devem ser reveladas ainda nesta semana. A pedido do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o ministro cancelou uma viagem à Europa para se
concentrar na finalização da parte técnica do plano. “Minha ida [viagem oficial
à Europa] estava dependendo dessa definição – se, nesta semana ou [na] semana
que vem, seriam feitos os anúncios. Como o presidente pediu para ficar, e como
as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, eu acredito que nós
estejamos prontos nesta semana para anunciar [as medidas de corte de gastos]”,
afirmou Haddad a jornalistas.
Enquanto isso, o dólar fechou a
última semana cotado a R$ 5,86, o maior patamar desde maio de 2020, aumentando
a pressão inflacionária. Este movimento de alta ocorre às vésperas da reunião
do Copom, que anunciará os próximos passos da taxa Selic na próxima quarta-feira
(6). Antes mesmo do início da semana, que terminou com a moeda americana
subindo quase 3%, o Boletim Focus do BC já projetava um IPCA de 4,55% para este
ano, acima do limite da meta estabelecida pela autoridade monetária, que é de
4,5%.
Gazeta Brasil
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