O relatório final da Polícia Federal, com 884 páginas, sobre o plano de golpe de Estado no Brasil, aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o “líder” de um grupo de 37 pessoas que, segundo a investigação, planejou mantê-lo no poder após a derrota nas urnas. A informação é da CNN Brasil.
De acordo com o documento,
enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (21), Bolsonaro
“permeou por todos os núcleos” da organização criminosa.
Esses núcleos foram
classificados pela PF como: Núcleo de Desinformação e Ataques ao
Sistema Eleitoral, Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe
de Estado, Núcleo Jurídico, Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas,
Núcleo de Inteligência Paralela e Núcleo Operacional para Cumprimento de
Medidas Coercitivas.
Ainda de acordo com a PF,
Bolsonaro, apesar de transitar por todos os núcleos, atuou diretamente no
Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral.
O relatório, cujo conteúdo
integral segue sob sigilo sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, foi
parcialmente acessado pela CNN Brasil.
A investigação da Polícia Federal
conclui que o objetivo da “organização criminosa” era manter o ex-presidente no
poder.
Após 1 ano e 10 meses de
apurações, a PF indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo ex-ministros
de seu governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno
(Gabinete de Segurança Institucional) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).
Entre os indiciados, estão ainda
o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o deputado
federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O inquérito aborda o envolvimento
dos indiciados nos atos de 8 de janeiro de 2023, em “planos golpistas” durante
a eleição presidencial de 2022 e em um suposto esquema para assassinar o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin
(PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Gazeta Brasil
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