O Rio de Janeiro sediará desta quinta-feira (14) até sábado (16) o G20 Social, com uma vasta programação. O G20 Social é uma inovação instituída pelo governo brasileiro. O país preside o G20 pela primeira vez desde 2008, quando foi implantado o atual formato do grupo, composto pelas 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e mais recentemente a União Africana.
Nas presidências anteriores, a
sociedade civil costumava se reunir em iniciativas paralelas à programação
oficial. Com o G20 Social, essas reuniões foram integradas à agenda construída
pelo Brasil. O objetivo é ampliar o diálogo entre os líderes governamentais e a
sociedade civil. São esperadas cerca de 50 mil pessoas, do Brasil e do
mundo.
Os 13 grupos de engajamento que
fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks);
Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business);
S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de
contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).
A presidência brasileira, através
da Secretaria Geral da Presidência da República, de maneira inédita, convidou
os movimentos sociais de base histórica nacional para construção dos processos.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); a Associação Brasileira
Organizações Não Governamentais (Abong); a Central Única dos Trabalhadores
(CUT); a Coalizão Negra por Direitos; a Marcha Mundial das Mulheres (MMM);
Central Única das Favelas (CUFA) e o Movimento de Trabalhadores Rurais sem
Terra (MST) integram o comitê organizador da Cúpula Social do G20.
“A grande fotografia do G20 será
o G20 Social no Brasil. Será um dos grandes legados que a presidência do Brasil
vai deixar para o fórum. Eu espero que essa fotografia seja a mais plural
possível, seja dentro do debate democrático, seja respeitosa com o processo
político e que possa contribuir efetivamente para mudar a vida das pessoas para
melhor”, disse Márcio Macêdo, ministro da Secretaria Geral da Presidência da
República.
Boa parte da programação dos três
dias é composta por atividades autogestionadas propostas por diferentes
organizações sociais. Também é prevista, ao fim, a apresentação de um documento
síntese do G20 Social. Ele deverá posteriormente ser entregue aos governos de
todas as nações na Cúpula dos Líderes do G20, evento que ocorre nos dias 18 e
19 de novembro, no Rio de Janeiro, encerrando a presidência brasileira.
As atividades do G20 Social
ocorrem em diferentes locais espalhados pelo Boulevard Olímpico, no centro do
Rio de Janeiro. São eles: Espaço Kobra, Armazém 2, Armazém 3, Armazém Utopia e
Museu do Amanhã. Confira a programação do evento.
O evento terá 271 atividades
apresentadas por diferentes setores da sociedade civil brasileira e de outros
países. Entre os temas a serem apresentados estão justiça ambiental,
equidade em saúde, enfrentamento ao racismo e colonialismo, direitos LGBTQIAPN+
e igualdade salarial.
Plenárias estão programadas
para sexta-feira (15) com participação de ministros do
governo sobre os três eixos prioritários para o Brasil, em seu mandato na
presidência do G20: combate à fome, pobreza e desigualdades; sustentabilidade,
mudança do clima e transição justa; e reforma da governança global.
Gazeta Brasil
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