Profissional da educação foi
preso durante tumulto com a PM em frente à sede da Prefeitura do Rio
Rio - Profissionais da educação
interditaram, no início da tarde desta segunda-feira (25), a Avenida Presidente
Vargas, no Centro da cidade, em protesto contra o Projeto de Lei Complementar
186/2024. A categoria decretou greve
por tempo indeterminado em assembleia na quadra da escola de samba
São Clemente, na Cidade Nova.
Durante o ato em frente à sede do Executivo municipal, houve confronto entre
manifestantes e a Polícia Militar. A intervenção de agentes para dispersar
o grupo resultou em confusão, correria, uso de bombas de efeito moral e gás de
pimenta.
De acordo com a Polícia Militar,
durante uma tentativa de bloqueio total da via, agentes do Batalhão de Choque
utilizaram materiais de menor potencial ofensivo para impedir os manifestantes.
A corporação informou que o policiamento está reforçado no local e o trânsito
flui normalmente. Um professor foi detido durante o tumulto e encaminhado à 6ª
DP (Cidade Nova).
De acordo com o Centro de
Operações Rio (COR), o protesto fechou a Avenida Presidente Vargas, no sentido
Candelária, na altura da Cidade Nova. O trânsito teve reflexos desde
altura da Praça da Bandeira.
Segundo Marcel Gavazza,
coordenador-geral do Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio
(Sepe), a greve foi deflagrada como uma medida de pressão para que o prefeito
retire o PL 186/2024, que está previsto para votação nesta terça-feira (26), na
Câmara de Vereadores.
De acordo com o Sepe, a
categoria se posicionou contra um pacote de medidas apresentado pelo prefeito
Eduardo Paes à Câmara Municipal, o qual disse trazer "vários ataques
graves aos servidores municipais". A proposta prevê, entre outros pontos,
a "necessária modernização de aspectos pontuais relativos ao regime
jurídico dos servidores públicos, tendo em vista que o Estatuto dos Servidores
é datado de 1979, carecendo de atualização para os tempos atuais".
Além da paralisação das atividades, os profissionais programaram uma vigília em
frente à Câmara Municipal nesta terça-feira e novos atos em diversos pontos da
cidade na quarta-feira (27). A continuidade da greve será discutida em uma nova
reunião, marcada para sexta-feira (29).
O Projeto de Lei Complementar 186/2024 é alvo de críticas da categoria, que
aponta possíveis prejuízos aos direitos dos trabalhadores da rede municipal de
ensino. O Sepe reforça que a mobilização seguirá intensa até que a prefeitura
dialogue com os profissionais e atenda às suas demandas.
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